Ação de marketing coloca garrafa de Cachaça 51 no seriado 'The Big Bang Theory'
O "placement" --divulgarção de um produto colocando-o de forma "orgânica" no cenário, como se ele fizesse parte da decoração-- foi criado e desenvolvido pela agência 3 Apitos e produtora de conteúdo Monarca Group.
No Brasil, o 21º episódio da sexta temporada ("The Closure Alternative") foi transmitido pelo canal de TV a cabo Warner Channel na terça (30) à noite --a série também é transmitida pelo SBT.Segundo a Cia. Müller de Bebidas, dona da Cachaça 51, o episódio foi assistido nos Estados Unidos por 15,05 milhões de pessoas e a bebida apareceu em três cenas.
RECONHECIMENTO
O episódio foi exibido nos EUA duas semanas após o país reconhecer oficialmente a cachaça como produto genuinamente brasileiro --antes, tinham de ser vendidas com o selo "brazilian rum".
A decisão foi anunciada governo norte-americano em março, fruto de um pedido feito pelo Brasil em 2001.
Sócio da 3 Apitos e um dos responsáveis pela campanha, Paulo Pontes diz que a ideia é valorizar a marca nacionalmente. "[A ideia é acabar com] esse estigma de vira-lata do brasileiro, de não se apropriar do que é seu, de criticar a própria bebida."
"No exterior, a 51 custa mais de US$ 20 [R$ 40]. É uma marca que representa o Brasil lá fora." Nos supermercados brasileiros, o produto sai por menos de R$ 5.
OUTRAS SÉRIES
Pontes diz que a ideia foi apresentada à 3 Apitos pela Monarca Group, do gaúcho Ancelmo Martini, ganhador do programa "O Aprendiz 3", e vinha sendo desenvolvida desde o começo deste ano.
"Ele [Ancelmo] apresentou o projeto de expor marcas brasileiras nos EUA", diz o publicitário. Inicialmente, a ideia incluía a possibilidade de filmes em Hollywood."Queríamos uma série de impacto. Entre as opções estudadas, estavam 'Two And A Half Men' e 'How I Met Your Mother'", afirma Pontes.
Ele diz que o retorno da ação foi positivo. "Agora é estudar qual vai ser a nossa linha de atuação", afirma. "É uma coisa muito nova ainda. A gente precisava ter um primeiro retorno."
Questionado sobre o custo da ação, Pontes não quis falar em valores. Mas ressaltou que a ação "é mais acessível do que parece". "É até mais barato que anunciar em algumas mídias nacionais."
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