quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Forsyth é um mestre na carpintaria do thriller.


O Dia do Chacal - Frederick Forsyth (8501001376)Em junho de 1958, Charles de Gaulle retornava ao posto de primeiro-ministro da França. O país atravessava um grave crise moral e política, e gradualmente tornou-se claro que, entre as medidas para sanear a República, De Gaulle pretendia retirar as tropas francesas da Argélia, resquício insustentável do Colonialismo. No entanto, alguns oficiais dos que lutaram, anteriormente, na Indochina, e depois na Argélia, não se conformaram. Não esqueciam seus homens que haviam morrido em combate, nem que tinham sepultado os corpos mutilados dos que tiveram a infelicidade de ser capturados vivos. Esses oficiais formaram a Organização do Exército Secreto (OES), cujo objetivo era assassinar De Gaulle e tomar o poder num golpe de Estado. Vários atentados foram praticados contra o presidente, mas aos poucos a inteligência francesa desbaratou a Organização. Os dirigentes que restavam se exilaram, para pôr em prática um último e desesperado plano: A operação Chacal.
A narrativa se desloca com agilidade do roubo dos passaportes de dois inocentes turistas em Londres para a reunião da cúpula da OES, num hotel em Roma, e mais tantas outras peças, cuja montagem desafia o leitor. O suspense é irresistível. E, no primeiro plano, um assassino que parece ter recursos ilimitados, uma sombra que penetra em qualquer esquema de segurança. E que vai chegar, literalmente, a um centímetro de assassinar De Gaulle, o que poderia mudar a história mundial.

 Frederick Forsyth nasceu na Inglaterra, em 1938. O escritor iniciou sua carreira como jornalista e obteve notoriedade a partir de seu trabalho como correspondente estrangeiro, que lhe possibilitou conhecer profundamente os meandros da política internacional. Após dois anos cobrindo a guerra civil em Biafra, na Nigéria, Forsyth decidiu escrever seu primeiro livro de ficção: O dia do Chacal, publicado em 1970. Sua especialidade são os romances que envolvem espionagem e política internacional, conseqüência do jornalismo investigativo que se reflete em toda sua obra.




Versão original em 1973



Refilmado de 1997

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