quinta-feira, 24 de abril de 2014

SANTO PADROEIRO DA INGLATERRA, PORTUGAL E GRÉCIA – COMO JORGE DE CAPADÓCIA, E DO RIO DE JANEIRO, ONDE É REVERENCIADO NO DIA 23 DE ABRIL.

UM SANTO HOMEM JUSTAMENTE VENERADO POR TODOS, MAS CUJOS ATOS SÃO CONHECIDOS SOMENTE POR DEUS; PEDIMOS PARA ABATER A BESTA QUE HABITA AS PROFUNDEZAS DO NOSSO INTIMO, PERMITINDO-NOS VIVER UMA SANTA VIDA E MERECER A GRAÇA DE UMA BOA MORTE, NA PAZ DE DEUS, AMÉM!

 Em torno do século
III D.C., quando Diocleciano era imperador de Roma, havia nos domínios do seu vasto Império um jovem soldado chamado Jorge. Filho de pais cristãos, Jorge aprendeu desde a sua infância a temer a Deus e a crer em Jesus como seu salvador pessoal.

Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe após a morte de seu pai. Lá foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade - qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde.


Com a idade de 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altas funções. Por essa época, o imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.
Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo como Senhor e salvador dos homens. Indagado por um cônsul sobre a origem desta ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da VERDADE. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O QUE É A VERDADE?". Jorge respondeu: "A verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e nele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da verdade."
Como São Jorge mantinha-se fiel a Jesus, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos.
Jorge sempre respondia: "Não, imperador ! Eu sou servo de um Deus vivo ! Somente a Ele eu temerei e adorarei". E Deus, verdadeiramente, honrou a fé de seu servo Jorge, de modo que muitas pessoas passaram a crer e confiar em Jesus por intermédio da pregação do jovem e ousado soldado romano.
Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito em seu plano macabro, mandou degolar o jovem e fiel servo de Jesus nodia 23 de abril de 303. A devoção a São Jorge rapidamente tornou-se popular.
Seu culto se espalhou pelo Oriente e, por ocasião das Cruzadas. Verdadeiro guerreiro da fé, São Jorge venceu contra Satanás terríveis batalhas, por isso sua imagem mais conhecida é dele montado num cavalo branco, vencendo um grande dragão. Com seu testemunho, este grande santo nos convida a seguirmos Jesus sem renunciar o bom combate.

A LENDA DO DRAGÃO
Um horrível dragão saía de vez em quando das profundezas de um lago e se atirava contra os muros da cidade trazendo-lhe a morte com seu mortífero hálito. Para ter afastado tamanho flagelo, a população do lugar oferecia-lhe jovens vítimas, pegas por sorteio. Um dia coube a filha do rei ser oferecida em comida ao monstro.

O monarca, que nada pôde fazer para evitar esse horrível destino da tenra filhinha, acompanhou-a com lágrimas até às margens do lago. A princesa parecia irremediavelmente destinada a um fim atroz, quando de repente apareceu um corajoso cavaleiro vindo da Capadócia. Era São Jorge.
O valente Guerreiro desembainhou a espada e, em pouco tempo reduziu o terrível dragão num manso cordeirinho, que a jovem levou preso numa corrente, até dentro dos muros da cidade, entre a admiração de todos os habitantes que se fechavam em casa, cheios de pavor.
O misterioso cavaleiro lhes assegurou, gritando-lhes que tinha vindo, em nome de Cristo, para vencer o dragão. Eles deviam converter-se e ser batizados.

Datas Marcantes

No século XII, a arte, literatura e religiosa popular representam São Jorge, como soldado das cruzadas com manto e armadura com cruz vermelha, nobre um cavalo branco, com lança em punho, vencendo um dragão. São Jorge é o cavaleiro da cruz que derrota o dragão do mal, da dominação e exclusão.
Desde o século VI, havia peregrinações ao túmulo de São Jorge em Lídia. Esse santuário foi destruído e reconstruído várias vezes durante a história.
Santo Estevão, rei da Hungria, reconstruiu esse santuário no século XI. Foram dedicadas numerosas igrejas a São Jorge na Grécia e na Síria. A devoção a São Jorge chegou à Sicília na Itália no século VI. No séc. VII o siciliano Papa Leão II construiu em Roma uma igreja para S. Sebastião e S. Jorge. No séc. VIII, o Papa Zacarias transferiu para essa igreja de Roma a cabeça de S. Jorge.
A devoção a São Jorge chegou a Inglaterra no século VIII. No ano de 1101, o exército inglês acampou na Lídia antes de atacar Jerusalém. A Inglaterra tornou-se o país que mais se distinguiu no culto ao mártir São Jorge. Em 1340, o rei inglês Eduardo III instituiu a Ordem dos cavaleiros de São Jorge. Foi o Papa Bento XIV (1740-1758) que fez São Jorge, padroeiro da Inglaterra até hoje.
Em 1420, o rei húngaro, Frederico III (1534) evoca-o para lutar contra os turcos. As Cruzadas Medievais tornaram popular no ocidente a devoção a São Jorge, como guerreiro, padroeiro dos cavaleiros da cruz e das ordens de cavalaria, para libertar todo país dominado e para converter o povo no cristianismo.
Seu dia foi colocado no Calendário particular da Igreja, isto é, celebrados nos lugares de sua devoção.

SÃO JORGE NA UMBANDA
Na UMBANDA (de uma maneira geral, pois existem variações referentes às diversas ramificações existentes), osOrixás são cultuados como divindades de um plano astral superior, ARUANDA, que na Terra representam às forças da natureza (muitas vezes confundindo-se a força da natureza com o próprio Orixá).

Os Orixás não são deuses como muitas pessoas podem conceber como em outras religiões, mas sim Divindadescriadas por um único Deus: Olorun, o Senhor do Infinito (dentro da corrente Nagô) ou Zamby (dentro da correnteBantu e das correntes sincréticas).
Em algumas correntes Umbandistas ditas sincréticas há a associações entre Oxalá e Jesus Cristo, entre Santo Antônio e Exu, entre Santa Bárbara e Iansã, entre São Jorge e Ogum ... e assim, sucessivamente.
E isso acabou virando "uma simbiose espiritual, uma apropriação simbólica", em que a imagem do Santo Católico apenas representa um Orixá, mas não é o Orixá; é apenas um símbolo, uma referência material e a apropriação da data de comemoração do Santo para se louvar o Orixá.
Entendendo assim, que não se "baixa" São Jorge em um terreiro, não se baixa Santa Bárbara, mas sim, o Orixá, que é representado com a imagem do Santo.

Os Orixás e seus dias de comemoração (sincretismo Afro-Católico)
Orixá: Exu. Sincretizado Como: Santo Antônio. Comemorado dia 13 de Junho; Iansã é Santa Barbara, comemoração dia 4 de Dezembro; Iemanjá é Nossa Senhora da Glória, comemoração dia 15 de Agosto; Nanã, é Nossa Senhora de Sant'Anna, dia da comemoração: 26 de Julho; Oba, representada por Joana d'Arc, cuja comemoração é 30 de Maio; Obaluayê, representado por São Roque, comemorado dia 16 de Agosto; Ogum ou Ogum Megê, representado por São Jorge, comemorado todo o dia 23 de Abril; Oxalá, representado por Jesus Cristo, comemorado dia 25 de Dezembro; Omulu São Lázaro, comemorado dia 17 de Dezembro; Oxossi, representado por São Sebastião, comemorado dia 20 de Janeiro; Oxum, representa por Nossa Senhora da Conceição, dia comemorado: 8 de Dezembro; Oxumaré, orixá representado por São Bartolomeu, comemorado dia 24 de Agosto; Xangô, é representado por São Jerônimo, comemorado no dia 30 de Setembro.

* O Orixá Exu não é sincretizado como o Diabo Judaico-Cristão.
Exu não é Diabo e nunca foi. Isso foi uma invenção doentia que ainda macula o bom nome da religião de Umbanda.

Hoje, 23 de Abril, comemora-se seu martírio. Ele também é lembrado no dia 3 de novembro, quando, por toda parte, se comemora a reconstrução da igreja dedicada a ele, em Lida (Israel), onde se encontram suas relíquias, erguida a mando do imperador romano Constantino I. Há uma tradição que aponta o ano 303 como ano da sua morte. Apesar de sua história se basear em documentos lendários e apócrifos (decreto gelasiano do século VI), a devoção a São Jorge se espalhou por todo o mundo. A devoção a São Jorge pode ter também suas origens na mitologia nórdica, pela figura de Sigurd, o caçador de dragões.

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