sexta-feira, 14 de dezembro de 2012


É uma coletânea de histórias em forma de notas esboçadas por J.R.R.Tolkien, autor de O Senhor dos Anéis. Essas histórias nunca foram terminadas quando o autor estava vivo, mas foram compiladas por seu filho, Christopher Tolkien e publicados em 1980 no Reino Unido. Ao contrário de O Silmarillion, também uma obra póstuma, em que Christopher Tolkien teve de fazer certas alterações no texto para dar consistência, Contos Inacabados é apresentado exatamente como foi deixado por Tolkien pai antes de morrer. Por causa disto, o livro vem acompanhado de inúmeras notas que explicam certos pontos obscuros e/ou inconsistente dos textos.
Pode-se ver no livro explicações mais detalhadas, muitas vezes novas, sobre coisas faladas no Silmarillion, no Senhor dos Anéis e em O Hobbit, daí o nome Contos Inacabados. Nele conhecemos a história dos magos, os Istari, do qual Gandalf faz parte, sabemos mais sobre a história de Tuor após seu encontro com o deus Ulmo das Águas e muitas outras coisas.




Meu pai disse mais de uma vez que “A queda de Gondolin” foi o primeiro conto da primeira Era a ser composto, e não há evidências que contradigam sua lembrança. Em uma carta de 1964, declarou que o escreveu - 'da minha cabeça' durante uma licença por enfermidade no exército, em 1917”, e em outras ocasiões indicou a data como 1916 ou 1916-17. Em uma carta que me escreveu em 1944, disse: “Comecei a escrever O Silmarillion em barracas de campanha do exército, apinhadas, cheias do barulho dos gramofones”: e de fato alguns versos onde constam os Sete Nomes de Gondolin foram rabiscados atrás de uma folha de papel que estipula “a cadeia de responsabilidades em um batalhão”. 0 manuscrito mais antigo ainda existe, e ocupa dois pequenos cadernos de exercícios escolares; foi escrito rapidamente, a lápis, e depois, em grande parte de sua extensão, foi recoberto com escrita a tinta, e intensamente revisado. Com base nesse texto minha mãe, ao que parece em 1917, fez uma cópia a limpo; mas essa, por sua vez, continuou a ser substancialmente revisada, em época que não consigo determinar, mas provavelmente em 1919-20, quando meu pai estava em Oxford na equipe do Dicionário, então ainda incompleto. Na primavera de 1920, foi convidado a ler um trabalho perante o Essay Club do seu college (Exeter); e leu “A queda de Gondolin”. Ainda sobrevivem as anotações do que pretendia dizer à guisa de introdução no “ensaio”. Nelas, desculpava-se por não ter conseguido produzir um trahalho crítico, e prosseguia: “Portanto tenho de ler algo que já está escrito, e em meu desespero recorri a este Conto. Naturafmente nunca antes viu a luz do dia (...) Um ciclo completo de eventos num Mundo Élfico que eu próprio imaginei vem crescendo (melhor, sendo construído) há algum tempo em minha mente. Alguns dos episódios foram rascunhados (...) Este conto não é o melhor deles, mas é o único que até agora chegou a ser revisado, e que, por insuficiente que seja essa revisão, ouso ler em voz alta.”

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