Embora essa transição traumática do nazismo ao pacifismo germânico da segunda metade do século XX seja fundamental para entender a formação da nova ordem na Europa ocidental - caracterizada pelo desenvolvimento social e econômico e relativa paz no continente -, o período tem sido muito pouco estudado. A perplexidade ante o recrudescimento do militarismo alemão rumo à insanidade e à barbárie, a ânsia por compreender - ou explicar - o tortuoso caminho dessa terra da qual brotaram tanto luminares da arte, literatura e filosofia quanto arquitetos de campanhas brutais de perseguição étnica têm seduzido, por razões óbvias, os historiadores. Mas também é importante dar atenção ao outro lado da história, e examinar como os alemães saíram das trevas e construíram uma nova nação cujos pragmatismo político e postura pacifista contribuíram para a proeminência econômica do país entre as potências europeias. Os relatos aqui constantes da violência brutal, da fome, do deslocamento e da destruição no ano de 1945 pretendem contribuir para a historiografia dessa "hora zero", mostrando como o trauma do fim da guerra incutiu nos alemães, além do horror a qualquer conflito, a ideia de que eles também eram vítimas - tanto dos crimes nazistas quanto das cruéis forças de ocupação -, percepção essa que permitiu a um só tempo a redenção do passado e da culpa, o fim do nacionalismo e uma visão pragmática da vida.
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sábado, 5 de janeiro de 2013
Embora essa transição traumática do nazismo ao pacifismo germânico da segunda metade do século XX seja fundamental para entender a formação da nova ordem na Europa ocidental - caracterizada pelo desenvolvimento social e econômico e relativa paz no continente -, o período tem sido muito pouco estudado. A perplexidade ante o recrudescimento do militarismo alemão rumo à insanidade e à barbárie, a ânsia por compreender - ou explicar - o tortuoso caminho dessa terra da qual brotaram tanto luminares da arte, literatura e filosofia quanto arquitetos de campanhas brutais de perseguição étnica têm seduzido, por razões óbvias, os historiadores. Mas também é importante dar atenção ao outro lado da história, e examinar como os alemães saíram das trevas e construíram uma nova nação cujos pragmatismo político e postura pacifista contribuíram para a proeminência econômica do país entre as potências europeias. Os relatos aqui constantes da violência brutal, da fome, do deslocamento e da destruição no ano de 1945 pretendem contribuir para a historiografia dessa "hora zero", mostrando como o trauma do fim da guerra incutiu nos alemães, além do horror a qualquer conflito, a ideia de que eles também eram vítimas - tanto dos crimes nazistas quanto das cruéis forças de ocupação -, percepção essa que permitiu a um só tempo a redenção do passado e da culpa, o fim do nacionalismo e uma visão pragmática da vida.
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