sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O livro gira em torno de Ambrose Young e Fern Taylor.

Making Faces foi um achado no Goodreads, onde eu buscava algum livro com a pegada de A Bela e a Fera. Apesar do livro deAmy Harmon não ser realmente uma adaptação desse conto, ele foi bem além das expectativas e agora penso nesse romance não como o livro do ano, mas como uma história para toda vida.
 Ele é o garoto de ouro da pequena cidade onde vivem, lindo, alto, musculoso e um destaque nos esportes. Já Fern é uma garota aparentemente comum, nem tão bonita, nada que a destaque realmente. Mas enquanto ambos crescem vamos percebendo que eles vão além dessas características.
Nós não soubemos imediatamente o que tinha acontecido com você. Prometi a mim mesma que, se você chegasse em casa, eu não teria medo de dizer-lhe como me sentia. Mas ainda estou com medo. Porque não posso fazer você me amar de volta.
Fern cresceu junto ao seu primo Bradley, um garoto com uma doença que torna seus músculos fracos, e essa dupla vai mostrar ao leitor o verdadeiro significado da fé. Já Ambrose está sempre junto a seus quatro amigos e é com eles que decide se alistar para a guerra, mas apenas ele retorna. Esses acontecimentos e outros tornam esse livro uma história de perda, não só da cidade que perdeu seus garotos ou de Ambrose que perdeu sua identidade e beleza, mas também a perda do leitor, que acompanha todo o crescimento dos personagens, se apaixona e precisa deixar ir pessoas que ensinaram tanto, mesmo que essas sejam somente fictícias.
Pouco a pouco vamos conhecendo o casal de protagonista, com uma narrativa que vai além do presente ao recontar acontecimentos marcantes nas vidas de Fern e Ambrose, seja ela ao se apaixonar pelo garoto, seja os ataques de 11 de setembro que fizeram ele repensar no que seria de sua vida no futuro, mas também vamos conhecendo toda a cidade, os garotos que perderam suas vidas, Bradley com sua fragilidade e inteligência, e a fé que todos possuem para seguir em frente. Ao terminar a leitura, só pude me perguntar como um livro tão pequeno pode conter tanto.

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