Nova saga do delegado Espinosa tem como personagem um professor com uma síndrome rara e leva a investigação para o mais perigoso dos lugares: o interior da mente humana. São muitos os lugares perigosos deste livro. O primeiro é o próprio Rio de Janeiro, onde a história se desenrola. Como de costume nos romances de Garcia-Roza, a cidade é protagonista e sua geografia se torna parte indissociável da trama.
Outro lugar de perigos insondáveis é a memória do professor Vicente, figura central neste enredo. Afastado da universidade em razão de problemas de saúde, ele passa os dias em casa e ganha a vida como tradutor, numa rotina aparentemente tranquila. Até que se depara com uma lista cheia de nomes de mulheres.
Quem são elas? Foram suas colegas na universidade? Alunas? Por que ele as reuniu numa lista e que relação manteve com elas? São questões que ele não tem como desvendar, pois sofre de uma síndrome em que as lembranças se apagam e a imaginação toma o lugar dos fatos.
Vicente busca a ajuda do delegado Espinosa para descobrir o paradeiro das mulheres listadas. Mas a investigação traz à tona os cantos obscuros de sua mente e pode revelar a origem de crimes que nada têm de imaginários.
Na décima primeira aventura do delegado Espinosa, Garcia-Roza mostra por que é um dos renovadores do gênero policial no Brasil e um de seus artífices mais talentosos.
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