Trilogia Bourne: o casamento perfeito entre ação e espionagem.
Se você quer ler um livro com muita ação onde o contexto da história é empolgante ao máximo, capaz de prender a sua atenção página por página, fuja do gênero espionagem. Não que esse tipo de leitura seja maçante, é que as tramas por serem tão intricadas, cheias de traições e reviravoltas não se dão ao luxo de esbanjar um festival de tiros, lutas mortais, explosões, perseguições alucinantes e por aí afora.
Quer um exemplo? Então vamos lá: os livros da série 007 de Ian Fleming, considerado o pai da espionagem e criador do agente secreto mais famoso do mundo. Geralmente a ação nos livros fica reservada perto do final. Antes, Fleming prende o leitor esmiuçando o perfil psicológico do vilão, explicando as conseqüências do seu plano de destruir parte do mundo ou então a Inglaterra, além de “amarrar” com uma maestria ímpar os contatos de Bond com os seus aliados, geralmente Felix Leiter, agente da Cia. O chumbo grosso e o festival de porrada sobra apenas perto do final das páginas.
Mas, há raríssimas exceções de livros de espionagem,onde a ação desempenha papel tão importante quanto a trama. E uma dessas poucas exceções é a trilogia Bourne escrita por Robert Ludlum.
Para quem não conhece a série de livros, Jason Bourne é um agente secreto treinado por uma organização do governo, mais secreta ainda, com o objetivo de perseguir e eliminar o mais perigoso terrorista do mundo: Carlos, “O Chacal”. Este é o resumo do resumo porque em cada um dos seus três livros, o escritor Robert Ludlum nos mostra um Bourne diferente. No primeiro, com amnésia, ele tenta descobrir o seu passado e recuperar a sua identidade; no segundo livro, já livre da amnésia, ele tem que enfrentar um impostor que pretende criar um conflito internacional entre China e Estados Unidos; e no terceiro, que fecha a série; “O Chacal”, seu tradicional inimigo volta com o firme propósito de elimina-lo e também toda a sua família. Deu pra perceber como a saga Bourne na literatura é diferente dos filmes com o Matt Damon. Enquanto no livro, o herói enfrenta um determinado vilão tão letal quanto ele, contando, às vezes, com a ajuda de agentes da organização Tradstone que o treinou; nos filmes, o personagem de Damon combate vários vilões e o governo, assim como a própria Tradstone que quer eliminá-lo numa queima de arquivo.
Êpa! Já estava fugindo do foco desse post que é o de falar da ação dentro de uma obra literária de espionagem, o que é muito raro, excetuando pouquíssimos livros, entre os quais a saga Bourne. Então, vamos retomar o assunto e deixar os filmes de lado.
A trilogia criada por Ludlum é adrenalina pura, leitura obrigatória para os fãs do gênero de espionagem que não tem paciência para aguardar a ação presente no meio de uma obra ou então em seu final.
Ludlum foi muito inteligente ao criar um vilão com a mesma habillidade e inteligência do herói da trama. Os blefes aplicados por Carlos “O Chacal” iludem Bourne algumas vezes, colocando-o em situações perigosas quase perto da morte. Por outro lado, o agente treinado pela Tradstone caça Carlos como um verdadeiro predador, atropelando todos que se colocam à sua frente. Em A Identidade Bourne, o confronto dos dois, nas últimas páginas do livro, é fantástico, uma verdadeira obra de arte elaborada por Ludlum, prendendo o leitor que fica hipnotizado nas páginas.
Em A Supremacia Bourne, segundo livro da série, a ação se faz ainda mais latente, muito mais do que no primeiro livro. Ao se deparar com um assassino perigoso, com habilidades semelhantes a sua, contratado com o propósito único de criar um conflito entre a China e os Estados Unidos - que pode resultar numa verdadeira guerra mundial - Bourne se torna ainda mais letal, mesmo contra a sua vontade, pois na realidade o que ele mais quer é esquecer que é um matador profissional do governo. Para Bourne, o que mais importa é viver a sua nova vida como um pacato professor chamado David Webb ao lado da mulher que ama, mas ele é obrigado a esquecer tudo isso para iniciar uma nova perseguição, visando evitar um conflito que pode ter conseqüências terríveis para todo o mundo. Em A SupremaciaBorune, Carlos “O Chacal” dá um tempo. O terrorista só retorna no terceiro e último livro da saga: O Ultimato Bourne, onde acaba descobrindo que David Webb na realidade é o próprio Jason Bourne, que teve o seu nome trocado pelo governo para que pudesse viver no anonimato e em segurança ao lado de sua família. A partir daí, “O Chacal” arquiteta um plano para humilha-lo e mata-lo. Apesar do espião da Tradstone já estar bem mais velho nesse livro, sua letalidade não o abandonou, o que garante um duelo de titãs, do qual somente um sairá vivo.
Você pode estar pensando que as surpresas, reviravoltas e o tradicional embate de espionagem e contra-espionagem obrigatórios nos livros do gênero desempenham apenas papéis de coadjuvantes nos livros de Ludlum, onde a ação é a estrela maior. Não. Essas características essenciais também estão sempre presentes nas páginas da trilogia Bourne e em abundância. Costumo dizer que o autor apenas realizou o casamento perfeito da noiva espionagem com o noivo ação.
Quer um exemplo? Então vamos lá: os livros da série 007 de Ian Fleming, considerado o pai da espionagem e criador do agente secreto mais famoso do mundo. Geralmente a ação nos livros fica reservada perto do final. Antes, Fleming prende o leitor esmiuçando o perfil psicológico do vilão, explicando as conseqüências do seu plano de destruir parte do mundo ou então a Inglaterra, além de “amarrar” com uma maestria ímpar os contatos de Bond com os seus aliados, geralmente Felix Leiter, agente da Cia. O chumbo grosso e o festival de porrada sobra apenas perto do final das páginas.
Mas, há raríssimas exceções de livros de espionagem,onde a ação desempenha papel tão importante quanto a trama. E uma dessas poucas exceções é a trilogia Bourne escrita por Robert Ludlum.
Para quem não conhece a série de livros, Jason Bourne é um agente secreto treinado por uma organização do governo, mais secreta ainda, com o objetivo de perseguir e eliminar o mais perigoso terrorista do mundo: Carlos, “O Chacal”. Este é o resumo do resumo porque em cada um dos seus três livros, o escritor Robert Ludlum nos mostra um Bourne diferente. No primeiro, com amnésia, ele tenta descobrir o seu passado e recuperar a sua identidade; no segundo livro, já livre da amnésia, ele tem que enfrentar um impostor que pretende criar um conflito internacional entre China e Estados Unidos; e no terceiro, que fecha a série; “O Chacal”, seu tradicional inimigo volta com o firme propósito de elimina-lo e também toda a sua família. Deu pra perceber como a saga Bourne na literatura é diferente dos filmes com o Matt Damon. Enquanto no livro, o herói enfrenta um determinado vilão tão letal quanto ele, contando, às vezes, com a ajuda de agentes da organização Tradstone que o treinou; nos filmes, o personagem de Damon combate vários vilões e o governo, assim como a própria Tradstone que quer eliminá-lo numa queima de arquivo.
Êpa! Já estava fugindo do foco desse post que é o de falar da ação dentro de uma obra literária de espionagem, o que é muito raro, excetuando pouquíssimos livros, entre os quais a saga Bourne. Então, vamos retomar o assunto e deixar os filmes de lado.
A trilogia criada por Ludlum é adrenalina pura, leitura obrigatória para os fãs do gênero de espionagem que não tem paciência para aguardar a ação presente no meio de uma obra ou então em seu final.
Ludlum foi muito inteligente ao criar um vilão com a mesma habillidade e inteligência do herói da trama. Os blefes aplicados por Carlos “O Chacal” iludem Bourne algumas vezes, colocando-o em situações perigosas quase perto da morte. Por outro lado, o agente treinado pela Tradstone caça Carlos como um verdadeiro predador, atropelando todos que se colocam à sua frente. Em A Identidade Bourne, o confronto dos dois, nas últimas páginas do livro, é fantástico, uma verdadeira obra de arte elaborada por Ludlum, prendendo o leitor que fica hipnotizado nas páginas.
Em A Supremacia Bourne, segundo livro da série, a ação se faz ainda mais latente, muito mais do que no primeiro livro. Ao se deparar com um assassino perigoso, com habilidades semelhantes a sua, contratado com o propósito único de criar um conflito entre a China e os Estados Unidos - que pode resultar numa verdadeira guerra mundial - Bourne se torna ainda mais letal, mesmo contra a sua vontade, pois na realidade o que ele mais quer é esquecer que é um matador profissional do governo. Para Bourne, o que mais importa é viver a sua nova vida como um pacato professor chamado David Webb ao lado da mulher que ama, mas ele é obrigado a esquecer tudo isso para iniciar uma nova perseguição, visando evitar um conflito que pode ter conseqüências terríveis para todo o mundo. Em A SupremaciaBorune, Carlos “O Chacal” dá um tempo. O terrorista só retorna no terceiro e último livro da saga: O Ultimato Bourne, onde acaba descobrindo que David Webb na realidade é o próprio Jason Bourne, que teve o seu nome trocado pelo governo para que pudesse viver no anonimato e em segurança ao lado de sua família. A partir daí, “O Chacal” arquiteta um plano para humilha-lo e mata-lo. Apesar do espião da Tradstone já estar bem mais velho nesse livro, sua letalidade não o abandonou, o que garante um duelo de titãs, do qual somente um sairá vivo.
Você pode estar pensando que as surpresas, reviravoltas e o tradicional embate de espionagem e contra-espionagem obrigatórios nos livros do gênero desempenham apenas papéis de coadjuvantes nos livros de Ludlum, onde a ação é a estrela maior. Não. Essas características essenciais também estão sempre presentes nas páginas da trilogia Bourne e em abundância. Costumo dizer que o autor apenas realizou o casamento perfeito da noiva espionagem com o noivo ação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário