Um livro cheio de volúpia, incandescente, radiosos, mas que é também um ato político: uma reconquista da palavra e do corpo das mulheres árabes.
Amêndoa é o testemunho excepcional de uma mulher de origem árabe que ousa transgredir o tabu do sexo e do silêncio. No Marrocos da segunda metade do século XX, Badra conta a história de sua vida, decidida a não medir palavras ou sensações e a honrar a milenar tradição árabe de escrita erótica. No centro de sua narrativa está Driss, a paixão de sua vida, homem refinado e elegante que lhe revela um amor total, arrebatado, profundamente sensual.
Este velo relato, perturbador e libertino, assinala um verdadeiro acontecimento: pela primeira vez uma mulher muçulmana se exprime com liberdade sobre sua vida íntima.
Badra tem 50 anos e decidiu contar sua história. De sua infância, quando corria descalça, curiosa e despreocupada, debaixo dos loureiros que margeiam o rio em sua aldeia de Imchouk. De sua adolescência, quando foi casada contra a sua vontade, por conveniência, com um homem muito mais velho, que não demonstrou nenhum respeito ou carinho por sua juventude ou virgindade. De sua fuga para Tânger, que lhe abriu um mundo novo onde as mulheres não viviam apenas para seus maridos. Mas a história de Badra é sobretudo a história de Driss, seu mestre e seu carrasco, homem da alta sociedade que se apaixona intensamente pela tímida e ardente provinciana, e que lhe apresenta o amor sob todos os aspectos.
Amêndoa acompanha as etapas da vida de uma mulher muçulmana desvendando suas aspirações e segredos mais íntimos, pela primeira vez libertados da aura de tabu e silêncio que os rodeia. O corajoso livro de nedjma abre uma janela para a intimidade da mulher muçulmana. Com uma mistura de sensualidade e revolta, mostra que esta é acima de tudo uma mulher, e que por baixo dos véus e das proibições existe um mundo de desejos e sentimentos esperando para ser libertado.
“Só a literatura possui uma eficácia de “arma fatal”. Então a utilizei. Livre, crua e jubilatória. Com a ambição de devolver às mulheres do meu sangue uma fala confiscada por seus pais, irmãos e esposos. Em homenagem à antiga civilização dos árabes onde o desejo era declinado até na arquitetura, ondo o amor era livre do pecado, onde gozar e fazer gozar era um dever do crente.”
DO PRÓLOGO
O resumo é bem fiel ao livro, todas as passagens importantes foram citadas acima.
A história de Badra é um relato de uma mulher que se recusou a não viver sua sexualidade, e foi em busca dela. Porém, se apaixonou por um homem que devotou a sua vida a viver todas as transgressões do sexo, no diálogo abaixo entre badra e Driss, temos a mostra do que realmente importava para ele: o sexo, não importava com quem.
“Eu amava Driss e aprendi a lhe dizer isso, ingênua e satisfeita com seu corpo. Ele sorria, meio triste, e me dava tapinhas no rosto, paternal.
- Minha menininha, o que é amar? Nossas epidermes se satisfazem em se esfregar uma na outra. Amanhã você vai encontrar outro homem, vai ter vontade de acariciar a nuca dele, de tê-lo entre as pernas. Eu vou desaparecer.
Eu gritava, horrorizada:
- Nunca!
- Não diga bobagem! Eu, por minha vez, posso encontrar uma mulher, mulheres, ter vondade de lambê-las.
- Eu não gosto quando você fica grosseiro.”
Pois é, não gostei da história da vida de Badra, pois, quando se libertou de um marido, que como ela diz não se importou com sua juventude e virgindade, ela entregou o seu amor à um homem amoral. Outro ponto que desgostei do livro, foi a linguagem extremamente chula, usada por Badra, acredito que seja para chocar, mas, em certos trechos, beirava o ridículo. A leitura pode se tornar interessante, se apenas se focar no erotismo, no sexo “propriamente dito”, sem esperar uma gota de
romance, porém, Badra, mesmo estraga isso, pois ela propõe Um Relato Erótico, mas, no meio do caminho, começa a falar de seu “amor” por Driss.
Amêndoa é o testemunho excepcional de uma mulher de origem árabe que ousa transgredir o tabu do sexo e do silêncio. No Marrocos da segunda metade do século XX, Badra conta a história de sua vida, decidida a não medir palavras ou sensações e a honrar a milenar tradição árabe de escrita erótica. No centro de sua narrativa está Driss, a paixão de sua vida, homem refinado e elegante que lhe revela um amor total, arrebatado, profundamente sensual.
Este velo relato, perturbador e libertino, assinala um verdadeiro acontecimento: pela primeira vez uma mulher muçulmana se exprime com liberdade sobre sua vida íntima.
Badra tem 50 anos e decidiu contar sua história. De sua infância, quando corria descalça, curiosa e despreocupada, debaixo dos loureiros que margeiam o rio em sua aldeia de Imchouk. De sua adolescência, quando foi casada contra a sua vontade, por conveniência, com um homem muito mais velho, que não demonstrou nenhum respeito ou carinho por sua juventude ou virgindade. De sua fuga para Tânger, que lhe abriu um mundo novo onde as mulheres não viviam apenas para seus maridos. Mas a história de Badra é sobretudo a história de Driss, seu mestre e seu carrasco, homem da alta sociedade que se apaixona intensamente pela tímida e ardente provinciana, e que lhe apresenta o amor sob todos os aspectos.
Amêndoa acompanha as etapas da vida de uma mulher muçulmana desvendando suas aspirações e segredos mais íntimos, pela primeira vez libertados da aura de tabu e silêncio que os rodeia. O corajoso livro de nedjma abre uma janela para a intimidade da mulher muçulmana. Com uma mistura de sensualidade e revolta, mostra que esta é acima de tudo uma mulher, e que por baixo dos véus e das proibições existe um mundo de desejos e sentimentos esperando para ser libertado.
“Só a literatura possui uma eficácia de “arma fatal”. Então a utilizei. Livre, crua e jubilatória. Com a ambição de devolver às mulheres do meu sangue uma fala confiscada por seus pais, irmãos e esposos. Em homenagem à antiga civilização dos árabes onde o desejo era declinado até na arquitetura, ondo o amor era livre do pecado, onde gozar e fazer gozar era um dever do crente.”
DO PRÓLOGO
O resumo é bem fiel ao livro, todas as passagens importantes foram citadas acima.
A história de Badra é um relato de uma mulher que se recusou a não viver sua sexualidade, e foi em busca dela. Porém, se apaixonou por um homem que devotou a sua vida a viver todas as transgressões do sexo, no diálogo abaixo entre badra e Driss, temos a mostra do que realmente importava para ele: o sexo, não importava com quem.
“Eu amava Driss e aprendi a lhe dizer isso, ingênua e satisfeita com seu corpo. Ele sorria, meio triste, e me dava tapinhas no rosto, paternal.
- Minha menininha, o que é amar? Nossas epidermes se satisfazem em se esfregar uma na outra. Amanhã você vai encontrar outro homem, vai ter vontade de acariciar a nuca dele, de tê-lo entre as pernas. Eu vou desaparecer.
Eu gritava, horrorizada:
- Nunca!
- Não diga bobagem! Eu, por minha vez, posso encontrar uma mulher, mulheres, ter vondade de lambê-las.
- Eu não gosto quando você fica grosseiro.”
Pois é, não gostei da história da vida de Badra, pois, quando se libertou de um marido, que como ela diz não se importou com sua juventude e virgindade, ela entregou o seu amor à um homem amoral. Outro ponto que desgostei do livro, foi a linguagem extremamente chula, usada por Badra, acredito que seja para chocar, mas, em certos trechos, beirava o ridículo. A leitura pode se tornar interessante, se apenas se focar no erotismo, no sexo “propriamente dito”, sem esperar uma gota de
romance, porém, Badra, mesmo estraga isso, pois ela propõe Um Relato Erótico, mas, no meio do caminho, começa a falar de seu “amor” por Driss.
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