sábado, 8 de junho de 2013

Amor é contagioso, O Patch Adams - Livro editado pela Editora Sextante.

Patch Adams em Porto Alegre e ensina que o riso não é o melhor remédio.Patch Adams está em Porto Alegre e ensina que o riso não é o melhor remédio Mauro Vieira/Agencia RBS
Um auditório cheio de jalecos brancos aplaude de pé um médico que veste calças de estampa floral e camisa de bolinhas coloridas. Hunter Doherty Adams, mais conhecido pelo apelido, Patch (que significa "remendo"), age como um palhaço, todos os dias, há 50 anos. Ele arrancou risos de médicos, enfermeiros e estudantes de medicina, no Hospital São Lucas da PUCRS. Mas apesar de ter se especializado em fazer as pessoas rirem, Patch Adams afirma que rir não é o melhor remédio. A amizade é. O riso é apenas uma graxa que lubrifica as relações.

Magricela, nerd e filho de militar, Patch cresceu no sul dos Estados Unidos em uma época em que o país vivia a Guerra do Vietnã e os negros estudavam em escolas separadas dos brancos. Não fazia muito sucesso com as meninas e era alvo fácil para os rapazes brigões. Chegou a tentar o suicídio quando adolescente e foi parar em um sanatório. Vem de lá a lição de que quem tem companhia não precisa de Prosac. "O humor salvou a minha vida", diz ele, que abriu uma clínica para tratar doentes mentais sem usar medicamentos.

Para aprender a ter graça — e mudar outras vidas —, durante dois anos, passou tardes em um elevador de Washingon e fez muitas ligações para telefones desconhecidos. A cena reconstituída com a participação de um médico da plateia deve mudar o teor dos encontros nos elevadores do hospital.
Já os telefonemas estão cada vez mais raros na era da conectividade, embora Patch ainda utilize meios tradicionais para se comunicar — responde mais de 600 cartas por mês. Olhar nos olhos, tocar, sorrir, abraçar são dos meios mais tradicionais de interação que existem. E foi com um abraço coletivo que ele se despediu do público, depois de duas horas intercalando falas de crítica à guerra e ao capitalismo e performances inusitadas sobre como o humor pode tornar o cotidiano mais saudável. Se rir não é o melhor remédio, pelo menos é uma porta de entrada para o contato com o outro, caminho para uma vida sem dor.

Quem é Patch Adams
Hunter Doherty "Patch" Adams é um médico norte-americano de 67 anos que ficou conhecido por sua metodologia inusitada no tratamento de seus pacientes, usando roupas de palhaço e fazendo brincadeiras. Em 1972, fundou o Instituto Gesundheit e, em 1980, comprou um terreno para a implementação física do instituto, que presta assistência gratuita a pacientes. Atualmente, Patch viaja para áreas em situação de guerra, pobreza e epidemia, tornando-se um ativista pela paz mundial. Em 1998, sua história ganhou visibilidade por ter sido retratada no filme Patch Adams _ O amor é contagioso, estrelado por Robin Williams.
                           

"Patch Adams recomenda que você ajude a manter sua saúde através da alegria, do riso e da gentileza. Patch também sugere que, às vezes, o tratamento mais eficaz é a esperança, o amor, o relaxamento e a simples alegria de viver.” Robin Williams
“O Dr. Patch Adams conhece o processo interno da cura. Ele nos mostra que os principais fatores para a saúde não estão nas últimas maravilhas tecnológicas, mas em coisas comuns como o amor, a compaixão, a amizade e a esperança. Este livro vai iluminar o coração de todas as pessoas e ajudá-las em sua busca de saúde e bem-estar.
Dr. Larry Dossey
 No ambiente silencioso e esterilizado de um hospital, um palhaço com sapatos gigantescos e um enorme nariz vermelho surge de repente pela porta.
Os pacientes que se cuidem... Rir é contagioso!
Patch Adams foi criticado oficialmente na escola de Medicina por sua “alegria excessiva” e recebeu o seguinte conselho de um professor: “Se quiser ser palhaço  vá para o circo”. Na verdade, Patch queria ser palhaço. Mas também queria ser médico. Ele conseguiu unir esses dois lados tão diferentes de sua personalidade e acabou sendo as duas coisas.

O doutor Patch proclama: “Todos sabemos como o amor é importante e, mesmo assim, com que freqüência nós o demonstramos? Muitas pessoas doentes neste mundo sofrem de solidão, tédio e medo, e isso não pode ser curado com uma simples pílula.”                                     

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