quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Adaptações cinematográficas para este ano.


 Beatrice Prior tem 16 anos e está prestes a enfrentar o momento mais importante de sua vida, a Cerimônia de Escolha, quando decidirá à qual das cinco facções em que a sociedade é dividida irá passar o resto de seus dias: Abnegação, Amizade, Audácia, Erudição ou Franqueza. A opção significa continuar com sua família ou abandoná-la para sempre, um dilema que todos os adolescentes têm de enfrentar. Quando o teste de aptidão aponta um resultado inesperado – Divergente –, Beatrice se vê forçada a encarar uma realidade para a qual talvez não esteja preparada. Mas Tris, o nome que ela assume quando se junta à Audácia, fará de tudo para sobreviver à sua nova e violenta facção. Primeiro livro da trilogia distópica criada pela escritora estreante Veronica Roth, Divergente sacudiu o mercado da ficção para jovens adultos. Traduzido para mais de 20 países e adquirido para adaptação no cinema pela Summit Entertainment, o livro manteve-se por meses na lista dos mais vendidos do New York Times.
Na Chicago do futuro onde Beatrice nasceu e cresceu, as semelhanças com a metrópole americana dos dias de hoje se resumem à presença de alguns prédios icônicos em estado de abandono ou decadentes. Carros são raros, o Lago Michigan virou um grande pântano, e a maior parte da comida é congelada ou enlatada. Neste cenário desolador, decidiu-se décadas antes da jovem nascer que a culpa da guerra e de outras privações estava na personalidade humana. A população foi separada em facções, numa tentativa de erradicar os atributos responsáveis pela desordem no mundo.
Assim, os que culpavam o egoísmo geraram a Abnegação, e os que acreditavam que a agressividade era a razão dos problemas formaram a Amizade. Aqueles que viam na covardia a origem de todos os males se juntaram à Audácia, enquanto os que repudiavam a ignorância se uniram à Erudição. Por fim, quem pensava na duplicidade como algo a ser exterminado formou a Franqueza. Cada grupo contribuiu com um setor diferente da sociedade: a Abnegação supriu a demanda por líderes altruístas no governo, a Amizade deu conselheiros e zeladores compreensivos, a Audácia protegeu a todos de ameaças externas e internas, a Erudição forneceu pesquisadores e professores inteligentes, e a Franqueza providenciou líderes confiáveis para o Judiciário. Mas, acima de tudo, em cada grupo, encontrou-se um propósito e uma justificativa para a própria existência.
E é com a cabeça cheia de dúvidas que Beatrice descobre, durante seu teste de aptidão, que seus resultados são inconclusivos, pois apresenta inclinações para mais de uma facção, o que faz dela uma divergente. E no mundo da adolescente, ser divergente não é apenas anormal, é perigoso: em uma sociedade onde todos devem pertencer a um grupo, fugir ao padrão desperta o interesse dos líderes e pode representar uma ameaça ao status quo. Orientada a jamais revelar a verdade, Beatrice escolhe ser Audácia, o que choca sua família, mas vai de encontro a suas ansiedades, pois ela não se sente confortável na vida de devoção e supressão da individualidade da Abnegação, da qual fazem parte seus pais e na qual foi educada.
Mas entrar para a Audácia não significa ser Audácia. Todo novato precisa passar pelo processo de iniciação, formado por uma série de testes violentos e potencialmente fatais, dividido em três estágios. O primeiro prioriza a preparação física; o segundo, a emocional; o terceiro, a mental. Para Tris, fracassar não é uma opção, pois a derrota significa ser uma sem facção, gente que vive na pobreza e no desconforto e está afastada da sociedade, longe daquilo que todos os grupos consideram realmente importantes, que é viver em comunidade.
Conforme o processo de iniciação vai chegando ao final, a jovem se inteira das intrigas políticas entre as facções e percebe que a liberdade e a individualidade com as quais que ela tanto sonhava podem ter um preço alto demais, ao custo de seu próprio grupo original. Ela também entende que não é tão egoísta e inconsequente como pensava e que o altruísmo e a devoção ainda fazem parte dela. Afinal, Tris é Divergente, o que poderá salvar ou acabar com sua vida neste emocionante início da trilogia Divergente.

O volume final da trilogia Jogos Vorazes, de Suzanne Collins, é exatamente o livro pelo qual os fãs esperavam: complexo, imaginativo e, ao mesmo tempo, brutal e humano. Depois de sobreviver aos jogos por duas vezes, Katniss Everdeen tentará se encontrar no papel de símbolo de uma revolução, enquanto luta para proteger sua mãe e sua irmã no meio de uma guerra. A série, com mais de quatro milhões de exemplares vendidos apenas nos Estados Unidos, é o mais novo fenômeno da literatura jovem dos últimos tempos, e mistura ficção científica com reality show, passando pela mitologia e pela filosofia com muita ação e aventura.
A saga ganhará adaptação para o cinema, com estreia mundial prevista para março de 2012. A direção do longa está a cargo de Gary Ross (Quero ser grande/Seabiscuit) e a protagonista Katniss será interpretada por Jennifer Lawrence, finalista ao Oscar de melhor atriz por Inverno da alma. A trilogia manteve-se por 130 semanas consecutivas na prestigiada lista dos mais vendidos do jornal The New York Times, e também permaneceu no topo do ranking do USA Today e da revista Publisher’s Weekly
Katniss conseguiu sair da arena pela segunda vez, mas, mesmo assim, ainda não está a salvo. A Capital está irritada e quer vingança e, por isso, inicia uma represália a toda a população. Numa trama tão violenta quanto psicológica, Suzanne Collins consegue provocar, em A esperança, um debate sobre a moral e os valores da guerra e as consequências das escolhas feitas por cada um dos personagens.
Ser o símbolo da revolução tem um preço alto para Katniss, que terá que decidir o quanto da sua própria humanidade e sanidade ela poderá arriscar em nome da causa, dos seus amigos e da sua família. É pela voz da protagonista, ainda mais feroz e obstinada, que a autora desafia o leitor a refletir em meio a cenas cruéis de combate. Tudo isso numa narrativa brilhante, com viradas surpreendentes que levam a um desfecho chocante e original.
Ambientado num futuro sombrio, a saga Jogos Vorazes é pioneira de uma tendência que ganhou força no mercado de bestsellers juvenis: a dos romances distópicos e pós-apocalípticos. As obras renderam à autora Suzanne Collins lugar na badalada lista de 100 personalidades mais influentes do ano da revista Time em 2010. Com narrativa ágil e ousada, os livros da trilogia foram traduzidos para 44 países e vêm atraindo leitores de diversas faixas etárias.

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