Dois grandes amigos dos tempos de colégio se reencontram vinte anos depois e fazem uma viagem de carro onde vão confessar segredos, amores e crimes. Este é o mote de “A Viagem de James Amaro”, sexto romance do americanense Luiz Biajoni.
Depois de “Virgínia Berlim – Uma Experiência”; de “Elvis & Madona – Uma Novela Lilás”, onde o escritor romanceou o filme de Marcelo Laffitte; e de “A Comédia Mundana – Três Novelas Policiais Sacanas”, que reuniu seus três romances policiais repletos de sexo e crimes, Biajoni muda o tom: “A Viagem de James Amaro” não tem sangue ou subtramas, não tem tanto sexo quanto nos outros livros e a linguagem está mais contida. “Sempre digo que é a história quem pede a forma do romance”, explica o escritor. “Aqui, onde temos dois amigos dentro de um carro, escutando discos de jazz, a linguagem que se impôs foi aquela mais introspectiva, tonal e até experimental”, conclui.
Mas não estamos diante de um livro difícil: a narrativa é, mais uma vez, ágil e cinematográfica. A referência aqui é o cinema inglês dos anos 50 – ou, como diz Biajoni, “mais propriamente, Nicholas Roeg”. Essa referência, porém, se soma ao ritmo do jazz americano dos anos 50, que permeia o romance. “Queria que o livro funcionasse como uma jam session clássica, com quatro instrumentos, dois solando e dois na nelson shiraga
O fumante Biajoni foi um dos pioneiros no uso da Internet como meio de popularização de sua obra no Brasil
base. Por isso, a narrativa tem quatro vozes”, explica.
A ideia para a história nasceu durante uma palestra do especialista americano em roteiros de cinema, Robert McKee. Biajoni conta: “Eu estava vendo essa palestra, estava cansado, meio que dormindo, e ele falava sobre um filme, ‘Ânsia de Amar’, do Mike Nichols, e, num instante, tive um estalo e a trama de `A Viagem de James Amaro´ apareceu todinha em minha mente, nem precisei anotar”. A escritura do romance demorou menos que três meses.
O livro sai agora, pela editora Língua Geral, com capa de Lourenço Mutarelli. O posfácio, do mestre em literatura e diretor de teatro Daniel Martins, conta uma história inusitada por trás da gênese do romance – e que contradiz Biajoni. Segundo Martins, a trama começou a surgir há cinco anos, quando o autor teria sido contratado para escrever um volume como ghost writer – e essa contratação desastrada teria sido o início de “A Viagem de James Amaro”.
Na Flip 2015
Biajoni participa do debate “A Nova Literatura Policial Brasileira, Um Gênero em Ascensão”, junto com os autores Raphael Montes e Fernando Abreu, com mediação de Valéria Martins, na sexta-feira, dia 3 de Julho, 14h45, na casa Off Flip das Letras (Rua da Lapa, 375, Centro Histórico, Paraty, RJ), durante a Flip 2015. Após o debate, ele irá apresentar “A Viagem de James Amaro” aos participantes.
Depois de “Virgínia Berlim – Uma Experiência”; de “Elvis & Madona – Uma Novela Lilás”, onde o escritor romanceou o filme de Marcelo Laffitte; e de “A Comédia Mundana – Três Novelas Policiais Sacanas”, que reuniu seus três romances policiais repletos de sexo e crimes, Biajoni muda o tom: “A Viagem de James Amaro” não tem sangue ou subtramas, não tem tanto sexo quanto nos outros livros e a linguagem está mais contida. “Sempre digo que é a história quem pede a forma do romance”, explica o escritor. “Aqui, onde temos dois amigos dentro de um carro, escutando discos de jazz, a linguagem que se impôs foi aquela mais introspectiva, tonal e até experimental”, conclui.
Mas não estamos diante de um livro difícil: a narrativa é, mais uma vez, ágil e cinematográfica. A referência aqui é o cinema inglês dos anos 50 – ou, como diz Biajoni, “mais propriamente, Nicholas Roeg”. Essa referência, porém, se soma ao ritmo do jazz americano dos anos 50, que permeia o romance. “Queria que o livro funcionasse como uma jam session clássica, com quatro instrumentos, dois solando e dois na nelson shiraga
O fumante Biajoni foi um dos pioneiros no uso da Internet como meio de popularização de sua obra no Brasil
base. Por isso, a narrativa tem quatro vozes”, explica.
A ideia para a história nasceu durante uma palestra do especialista americano em roteiros de cinema, Robert McKee. Biajoni conta: “Eu estava vendo essa palestra, estava cansado, meio que dormindo, e ele falava sobre um filme, ‘Ânsia de Amar’, do Mike Nichols, e, num instante, tive um estalo e a trama de `A Viagem de James Amaro´ apareceu todinha em minha mente, nem precisei anotar”. A escritura do romance demorou menos que três meses.
O livro sai agora, pela editora Língua Geral, com capa de Lourenço Mutarelli. O posfácio, do mestre em literatura e diretor de teatro Daniel Martins, conta uma história inusitada por trás da gênese do romance – e que contradiz Biajoni. Segundo Martins, a trama começou a surgir há cinco anos, quando o autor teria sido contratado para escrever um volume como ghost writer – e essa contratação desastrada teria sido o início de “A Viagem de James Amaro”.
Na Flip 2015
Biajoni participa do debate “A Nova Literatura Policial Brasileira, Um Gênero em Ascensão”, junto com os autores Raphael Montes e Fernando Abreu, com mediação de Valéria Martins, na sexta-feira, dia 3 de Julho, 14h45, na casa Off Flip das Letras (Rua da Lapa, 375, Centro Histórico, Paraty, RJ), durante a Flip 2015. Após o debate, ele irá apresentar “A Viagem de James Amaro” aos participantes.