terça-feira, 13 de maio de 2014

Em testamento, papa pedia para queimar anotações e correspondências. Stanislaw Dziwisz, agora cardeal da Cracóvia, decidiu preservar arquivos.

Anotações pessoais do Papa João Paulo II serão publicadas em livro
Um livro com as anotações pessoais do papa João Paulo II, que não foram queimadas após sua morte por seu ex-secretário e "revelam um fragmento de sua alma", será publicado na Polônia. Em seu testamento, o Papa polonês pedia que fossem queimados seus apontamentos pessoais, mas seu ex-secretário, Stanislaw Dziwisz, agora cardeal da Cracóvia, decidiu preservar alguns.
"As anotações e a correspondência que se deviam queimar foram queimados, destruídos", informou o cardeal na apresentação do livro na Cracóvia, sul da Polônia, citado pela agência PAP.
As reflexões papais no livro intitulado "Estou nas mãos de Deus. Anotações pessoais 1962-2003" são apontamentos de lembranças, destacou.
"O Papa revela aqui um fragmento de sua alma, de seu encontro, a contemplação, a devoção e ali reside o maior valor desta publicação", declarou o ex-secretário.
"Eu não tinha nenhuma dúvida. São coisas tão importantes, falando de espiritualidade, do homem, de un grande papa, que seria um crime destruir tudo isso", destacou. Canonização
A publicação do livro ocorre pouco antes da canonização de João Paulo II, Papa de 1978 a 2005, em 27 de abril no Vaticano.
O Papa polonês será canonizado no mesmo dia que o Papa italiano João XXIII, que comandou a Igreja entre 1958 e 1963.
João Paulo II, primeiro Papa polonês da História, conservador e imensamente popular nos países que visitou, será canonizado em um prazo recorde, só nove anos depois de sua morte.
Seu sucessor, o papa Bento XVI optou por não levar em conta o prazo obrigatório de cinco anos para abrir a causa de beatificação (João Paulo II foi beatificado em maio de 2011) e de canonização de seu antecessor.

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