Como no livro anterior, Hinton traz a questão das brigas masculinas, o prazer que elas causam e sua relação com disputas por território ou vaidade, mas aqui não há diferenças sociais. Os personagens não sabem ao certo porque brigam, são como os peixes betta, peixes de briga que não podem estar no mesmo aquário com outro da mesma espécie. Mais uma vez também ela trata de coisas como o relacionamento entre irmãos, a estrutura familiar e a rejeição a drogas pesadas, mas tudo numa história bem curta, sem tempo para muita profundidade.
O Coppola então preencheu a história de uma maneira muito visual, começando pela escolha do preto e branco, que não é gratuita porque Motorcycle Boy não vê cores. As cenas são muito simbólicas e os efeitos de câmera, fotografia e jogos de luz e sombra são o barato do filme; o diretor parece ter lambido cada cena para que ficasse como ele queria esteticamente. Um exemplo disso é a presença constante de relógios nas cenas, talvez para salientar a ansiedade de Rusty-James.
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