Já há algum tempo escuto falar do livro "50 Tons de Cinza". Enquanto só tinha versão em inglês, confesso, tive preguiça de ler — ler em outra língua e entrar no clima do livro é muito mais difícil. Mas assim que a editora Intrínseca traduziu a obra, fiquei maluca para ler. E li! Clique aqui para ler o primeiro capítulo do livro também.
Muita gente falou sobre como esse livro era erótico, falava sobre sadomasoquismo e mudaria o panorama da literatura erótica feminina no mundo. Ok, vamos com calma.
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O livro é bom. A leitura é fácil sem ser infantilizada e te leva com ela. Você pode estar no ônibus, mas se sente em um quarto cheio de brinquedinhos sexuais com um homem incrível e sedutor. E a escrita é bem parecida com todos os livros que vendem como 'femininos' por aí. Lembra bastante Marian Keyes, Meg Cabot e essa geração de escritoras com narrativa leve e gostosa.
Não vou ficar aqui falando sobre as características literárias da obra, afinal, não foi pra isso que você veio aqui! Vou falar sobre o bom e velho sexo.
Você vai encontrar, sim, muito sexo no livro. Pense em um começo de relacionamento: basta olhar para a pessoa amada e você já está pronta para passar três dias dentro de um quarto tentando todas as posições que já ouviu falar, certo? É meio que isso! E é essa a sensação do livro.
E aí vem o papo do sadomasoquismo. Quando você ouve falar do livro acredita que vai ler coisas absurdas e assustadoras, cheias de fetiches que você nem sabia que existia. É... Não! Você que, assim como eu, se interessa por sexo não vai encontrar nenhuma novidade chocante.
Tem muitas mãos amarradas, tapas fortes e fracos, puxões de cabelo, brinquedos sexuais... Mas quem nunca tentou esse tipo de brincadeirinha em uma relação sexual? Mesmo que você não amarre as mãos, já brincou de que a outra pessoa não podia tocar em você e tal — não? Então você está perdendo tempo!
O que eu penso sobre o livro é que ele pode ajudar muitas mulheres a se soltarem mais na cama e pode fazer muita gente ver que aqueles desejos que sente não são absurdos ou doentios. O livro veio para acabar com o preconceito sobre mulheres — e homens — que gostam de levar (ou dar) umas palmadas, curtem um puxão de cabelo ou uma conversa bem suja durante o sexo.
Vale a pena lembrar que sexo desse tipo não tem nada a ver com sexo sem amor. O sentimento é algo totalmente diferente de suas predileções na cama e tudo pode conviver muito bem e em harmonia.
Se eu tivesse que dizer pra você se comprar o livro é uma boa, diria que sim. E também diria pra você mergulhar mesmo na história, deixar sua imaginação entrar na trama e fazer parte de tudo aquilo. Pode ter certeza que seu corpo vai agradecer e a próxima pessoa com quem você fizer sexo também!
Ah, esse livro é só o primeiro de uma trilogia, que promete dar uma boa esquentada nas outras obras, então é só um aquecimento.
Você leu o livro? O que achou? Pretende ler os outros? E quem não leu, ficou curioso?
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