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Considerada uma das obras primas de Frank Miller, Elektra Assassina é uma obra surreal que mostra alguns dos pontos de surgimento dessa ninja louca e extremamente talentosa que é Elektra. Em 2005 a Panini relançou a história, completa de Elektra Assassina.
Sinopse:
A Besta (líder supremo do Tentáculo) domina o corpo do candidato à presidência dos Estados Unidos, e a única pessoa que pode impedi-la é Elektra Natchios. A maior assassina do mundo tem um nome: elektra natchios Ginasta e mestra em combates marciais, Elektra Natchios foi treinada na arte letal do ninjutsu pela organização criminosa conhecida como Tentáculo, tornando-se a mais perigosa arma viva do planeta. Ex-amante de Matt Murdock, o Demolidor, Elektra foi assassinada pelo inescrupuloso Mercenário, e depois trazida de volta à vida pelo mestre Stick e seus Virtuosos. Desde então, a aura de mistério em torno dessa personagem só cresceu. Quando uma estranha mulher chega inconsciente às praias de um pequeno país da América do Sul, eventos terríveis começam a acontecer. Dois policiais são estrangulados. Um diplomata é assassinado. Um agente da SHIELD é brutalmente desmembrado. A ninja está de volta à ativa… e com um sentimento de ódio sem paralelo. Elektra: Assassina é uma aventura fascinante, repleta de ação, mistério, pitadas de humor negro e grandes reviravoltas que só a união de dois dos maiores inovadores dos quadrinhos modernos – FRANK MILLER e BILL SIENKIEWICZ – poderiam nos proporcionar. Prepare-se para viajar pelo corpo, mente e espírito da mulher mais perigosa do planeta. A mulher chamada Elektra. Este volume de 264 páginas reúne a minissérie “Elektra Assassina” 1-8
Positivo/Negativo - Antes de ler Elektra – Assassina, é preciso tomar alguns cuidados. O primeiro é sentar-se em algum lugar confortabilíssimo, e proibir qualquer ser vivo nas proximidades de incomodá-lo. Depois, conseguir um aparelho de som e algum disco do bom e velho rock’n’roll.
E isso não é exagero. Elektra é uma personagem criada por Frank Miller durante sua fase na revista do Demolidor. Na ocasião da publicação desta minissérie (publicada originalmente pela Abril), ela estava morta. Portanto, Miller resolveu contar uma história do seu passado, e defini-la de uma vez por todas. É importante entender que esta é uma obra conceitual.
Em um enredo comum, o foco costuma ser um acontecimento. Aqui, o foco é Elektra Natchios.
Tudo isso já seria bastante para construir um clássico no aspecto visual, mas ainda é necessário citar o enredo. Além de criativo, é ácido a ponto de criticar as instituições norte-americanas e reduzi-las a uma gigantesca piada. Apesar de escrita em 1986, alguns dos temas retratados são válidos até hoje, como o presidente (então Ronald Reagan) megalomaníaco.
A S.H.I.E.L.D. (uma agência de espionagem que atua no universo Marvel) , costuma representar a supremacia dos Estados Unidos, mas Miller destrói esta imagem. Corrupção, incompetência, desprezo pelas regras, tudo faz parte da organização no mundo criado pelo autor.
Os agentes Garret e Perry, são criminosos sem o menor senso de justiça, cometem erros absurdos e sempre são levados ao ridículo. Até mesmo o Coronel Nick Fury dá suas mancadas!
Garrett ganha importância no decorrer da trama e funciona como um oposto de Elektra. Apesar disso, o relacionamento dos dois é como uma dança sensual, ora se odiando, ora se amando. Pode parecer estranho, mas se encaixa perfeitamente no enredo.
A Panini realizou um ótimo trabalho editorial, lançando este volume encadernado. Faltaram apenas alguns extras, como as entrevistas publicadas pela Abril anteriormente. Isso, sem dúvida, enriqueceria a obra.
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