sexta-feira, 15 de maio de 2015

A influência dos Guinle no futebol, na música popular, na arquitetura, no cinema e no teatro, lado a lado com personagens como Pixinguinha, Villa-Lobos, Oscar Niemeyer e Rita Hayworth.

O sobrenome Guinle parece estar eternamente associado ao hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, e permanece no imaginário popular como uma espécie de sinônimo para luxo, glamour e opulência. As lendas em torno do comportamento extravagante de alguns de seus integrantes, porém, obscureceram a atuação da família como empreendedores pioneiros no século XX, no momento em que o Brasil dava seus primeiros passos rumo à industrialização.
Filho de imigrantes franceses, nos estertores do Segundo Reinado, Eduardo Palassim Guinle, sua esposa Guilhermina e o sócio Cândido Gaffrée começaram a vida com um modesto armarinho na rua do Ouvidor e iniciaram um processo de ascensão socioeconômica que culminou com o monopólio sobre a modernização e a operação do porto de Santos por incríveis 92 anos. Deram início a uma dinastia que deixaria sua assinatura no mundo empresarial, nas artes, na exploração de petróleo e até mesmo na popularização do futebol como preferência nacional.
O historiador Clóvis Bulcão resgata as realizações dos sete filhos de Eduardo e Guilhermina, a geração que conheceu tanto a glória quanto o início de um inexorável processo de decadência. São personagens que apostam em inovações, como a eletrificação urbana e a construção de rodovias, que se movimentam com desenvoltura na cena política, no jet set internacional e até mesmo nos palcos. Sob o lema “Se você deseja, não lhe fará mal”, construíram castelos que não resistiram à passagem do tempo.

· A família Guinle é um sinônimo de luxo, glamour e extravagância,
simbolizado no hotel Copacabana Palace, que existe até os dias de hoje.

· Uma história salpicada de passagens românticas e polêmicas,
protagonizada por uma família que tinha como lema “Se você deseja, não lhe fará mal”.

· Relato revelador do papel fundamental exercido pela família
na construção do Brasil moderno.

Clóvis Bulcão é historiador formado pela PUC-Rio. Nascido em Botafogo, divide seu tempo entre o magistério e a literatura. Professor do tradicional Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro, é autor de um romance histórico e quatro livros de não ficção, incluindo Padre Antônio Vieira: um esboço biográfico (2008).

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