quinta-feira, 5 de setembro de 2013

(...)"Três anos depois, ela encontrou sua família, seus amigos, seu mundo, mas ainda precisa encontrar a si mesma."

O livro "Pretty girls 13" trata de uma doença pouco conhecida a TDI - Transtorno Dissociativo de Identidade, originalmente denominada como Transtorno de Múltiplas Personalidades, ela é mais comum do que se possa imaginar.
  Embora não seja relatada com frequência e não seja aceita por todos os psiquiatras, é uma condição mental onde uma única pessoa demonstra características de duas ou mais personalidades ou identidades diferentes. Ou seja, é quando uma pessoa além dela mesma, manifesta outras personalidades, alternando com a sua. Essas personalidades alternativas são chamadas de alters, elas podem ter qualquer idade ou sexo. Normalmente essa doença se desenvolve como forma de proteção e acontece na infância, devido a maus tratos ou abusos. Mas também pode atingir adultos. Quando a pessoa em si não consegue suportar a carga emocional cria "outra pessoa" para que suporte por ela, e é isso que Angie, a personagem principal faz.
Angela tem treze anos, ou pelo menos tinha quando foi sequestrada de um acampamento de verão. Três anos se passaram sem sucesso nas buscas, sem notícias e sem esperança, até o dia em que a garota aparece na porta de sua casa sem a mínima noção de como chegou ali, muito menos de onde esteve nos últimos anos. Para Angie haviam se passado no máximo poucos dias desde sua última lembrança (acordar no acampamento e sair em busca de uma árvore distante para suas necessidades fisiológicas), então imagine sua surpresa quando se olha no espelho. Obviamente esta mais alta, mais magra, têm seios e cabelos longos. Ela vê uma adolescente que em nada se parece com a menininha que se lembra de parecer.
O trauma é tanto que Angie se recusa a aceitar que o tempo passou e ela não viu. Ela continua afirmando que ainda tem treze anos, não ajuda saber que seu pai não consegue nem olha-la nos olhos e que sua mãe parece ter superado sua perda temporária e seguido adiante. O detetive do caso é chamado e ela é levada a uma terapeuta. Na primeira sessão o motivo da "amnésia" vem a tona. Angela apresenta Transtorno Dissociativo de Identidade. Assim que foi sequestrada o choque foi tão forte que seu cérebro criou uma personalidade alternativa, um alter e foi essa "outra pessoa" que viveu os momentos de horror no cativeiro. Ou melhor, outras pessoas. Na vida de Angie cada alter tinha uma responsabilidade e eles eram muitos.

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