terça-feira, 27 de novembro de 2018

Uma história sobre passado, presente, futuro e as coisas que viajam no tempo 
Eu me lembro perfeitamente da primeira vez em que vi De Volta para O Futuro e, para minha eterna infelicidade, não foi na estreia, em 1985. Claro, afinal, tendo nascido em 1993, só com uma máquina do tempo mesmo. Na verdade, foi por volta de 2007, quando eu estava de férias da escola. No Natal, após comentar com meu pai que ainda não tinha visto esse filme, ele me deu a trilogia completa em DVD. Meu pai não sabe, mas é um nerd de carteirinha que ama ficção científica. Mesmo tendo nossas diferenças, tenho muito orgulho em dizer que grande parte das minhas referências cinematográficas foram herdadas dele. “Eu me lembro de quando assisti ao primeiro filme no cinema” disse ele. “Acho que você vai gostar.” Ele estava certo.
Desde então, esse se tornou um dos meus filmes favoritos de todos os tempos. Quem diria que aquele menino com nome de banda (McFly) e seu amigo cientista iriam me acompanhar até os dias de hoje? Mas acho que, apesar das partes óbvias e muito maravilhosas sobre viagem no tempo, o que meu pai não percebeu na época foi como aquele filme tinha tudo a ver com a gente.
Assim como a jornalista Hadley Freeman, gosto de acreditar que De Volta para O Futuro é mais sobre os pais do que sobre Marty McFly. Tudo bem que é ele quem vive a parte emocionante de viajar entre os anos 1950 e 1980, mas são seus pais que de fato mudam ao longo da história e passam a viver de outra forma.
Uma das partes mais engraçadas do filme é perceber como as coisas que eles contavam ao filho não tinham nada a ver com o que realmente acontecia na adolescência deles. Se Marty não tivesse voltado no tempo, nunca saberia realmente como ele e os pais eram parecidos. Não veria a mesma insegurança na fala do pai ao não querer compartilhar suas histórias – que, depois, em uma realidade alternativa, o levariam ao sucesso – nem as pequenas mentiras contadas pela mãe para protegê-lo.
Ao compartilhar esse filme comigo, é possível que meu pai não tenha notado que, apesar de tudo, somos mais parecidos do que temos coragem de admitir.
Por isso, vejo em De Volta para O Futuro uma forma de conhecermos um pouco mais sobre nossos pais. Mas, ao contrário de Marty, talvez não seja preciso viajar no tempo para perceber isso.
Conheça a Coleção Pipoquinha e compartilhe você também suas histórias favoritas: De Volta para O Futuro, Esqueceram de mim e E.T. − O extraterrestre. São os clássicos dos anos 80 e 90 para quem não precisa mais rebobinar!

Marina Ginefra tem um fraco por filmes dos anos 1980 e ainda sonha em dirigir um DeLorean, mesmo que ele não a leve para o passado.
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