segunda-feira, 9 de outubro de 2017

JBC anuncia Battle Angel Alita em vez de Gunnm e a otakada ficou bem pistola
capa de Battle Angel Alita #01
Nessa sexta-feira tivemos mais um episódio inédito do Henshin Online, o dorama semanal da JBC para falar de suas novidades. Sem a presença do editor Cassius Medauar e nem do funcionário que foi para a Newpop, o imediato Marcelo Del Greco se preparou para uma tarefa mais árdua que tentar emplacar a banda Danger3: anunciar a republicação de Battle Angel Alita. Calma que eu explico!
Há muitos anos, quando mangá era algo que estava começando no Burajiru, a editora Opera Graphica lançou o primeiro tanko das bancas, o Battle Angel Alita. Só que depois de um tempo a gente veio descobrir que aquilo era o puro creme da pirataria, e o mangá foi cancelado (termo usado na época, hoje substituído por “na geladeira”). A JBC, pra justificar o J de Japan, negociou com a editora japonesa e ganhou o direito de publicar o mangá aqui o mais próximo possível do original, com sobrecapa e usando os nomes originais. É, Battle Angel Alita na verdade se chama de Gunnm no cartório japonês, e a protagonista Alita se atende pelo nome de Gally.

Por algum motivo que só Kami-sama sabe, o Gunnnnnm (nunca lembro quantos Ns são) teve o nome mudado nos EUA assim como o de seus personagens. E foi assim que James Cameron (o diretor do Titanic) conheceu e se apaixonou pela obra, e assim decidiu fazer um filme da série, filme este que está sendo prometido há bem mais tempo que a republicação de InuYasha. Com o lançamento do filme agendado para 2018, a JBC viu uma oportunidade de republicar o mangá e ter alguma visibilidade nesse título que não é tão famoso assim por aqui.

SÓ QUE…

Os otakus nas redes sociais e nos grupos de Facebook demonstraram uma pequena grande insatisfação, pois o retorno do mangá será com os nomes americanizados, para casar com o filme. Claro, é direito dos otacos se incomodarem com isso, mas esse tipo de purismo sempre parece ser meio seletivo. Afinal, não é todo mangá que os otacos querem que sigam 100% o original.
Vamos lembrar o caso dos Cavs, que em todas as suas republicações rolou um alinhamento com a dublagem. Não vemos nenhum cavaleiro sendo chamado de Saint e nem um Cygnus Hyoga em vez de Hyoga de Cisne. Na época de Guerreiras Mágicas de Rayearth rolou um incômodo por parte dos otacos porque dessa vez a JBC havia colocado os nomes em japonês, e não de acordo com a dublagem que todo mundo conheceu. Em compensação, a otacada também reclamou quando a JBC decidiu adaptar os nomes deYu-Gi-Oh para os americanos, que é os que o público conhece.
Resultado de imagem para Battle Angel Alita
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 Preciso lembrar que as editoras não são casas de caridade e nem instituições que promovem a cultura da Grande Nação Japonesa no Burajiru, e sim editoras que precisam fazer escolhas que deixem seus produtos o mais populares possíveis. Então se uma Panini decide chamar o “Shigeki no Kyoujin” de “Ataque dos Titãs” ou a JBC prefere um “Super Onze” em vez de “Inazuma Eleven”, isso é porque a editora acha que assim vai vender mais. E não tem problema com isso.
“Mas Mara, sua blogueira que agora está defendendo as grandes empresas porque provavelmente é comprada, mas os nomes trocados de Gunnnnnnnm (ainda não decorei o número de Ns) vão contra a intenção do autor”
Bem, quanto a esse argumento só posso dizer uma coisa: toda a negociação de mangá lançado no Burajiru passa pelo autor (exceto se ele morreu). OUSEJE, o Yukito Kishiro está ciente e aprovou que seu mangá seja adaptado para um filme com esses nomes e que será publicado aqui dessa forma.

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