segunda-feira, 24 de julho de 2017



Resultado de imagem para deadpool meus queridos presidentes Em seu relançamento para a Marvel Now, o Mercenário Tagarela acabou ficando nas mãos de dois desconhecidos no campo dos quadrinhos. Brian Posehn e Gerry Duggan já haviam escrito uma ou outra HQ no passado, contudo, a experiência da dupla era mais voltada para o campo da comédia e da área audiovisual. Até que fazia sentido, afinal de contas, a visão da época – e também a atual – sobreDeadpool se focava bastante em trazer histórias divertidas e engraçadas, então, colocar comediantes à frente do personagem era algo interessante e até mesmo lógico.
Ainda assim, isso poderia não ser o bastante. Mais experientes com uma linguagem voltada para o cinema e a televisão, era possível que os dois roteiristas não conseguissem trazer uma boa narrativa para os quadrinhos, e acabassem entregando uma história que não desse certo e não agradasse. Mas não foi o que aconteceu, e é com uma história hilária envolvendo presidentes mortos-vivos, gore e diálogos inteligentes que o Mercenário Tagarela estreia o seu primeiro encadernado da Marvel Now.
Também, com a premissa de Meus Queridos Presidentes, seria preciso bastante esforço para estragar tudo. Na HQ, um necromante da SHIELD que quer “consertar” o país acaba invocando as versões zumbis de vários antigos presidentes dos Estados Unidos, e, para completar, esses governantes mortos-vivos retornaram à vida desprovidos de sua humanidade. O único desejo desses personagens históricos é consertar o seu país. Para começar, destruindo tudo o que existe nele. Como o pessoal do marketing da SHIELD não achou uma boa sair na capa dos jornais o Capitão América decapitando Harry Truman, acabaram contratando alguém com quem ninguém se importava. O que, claro, significa Deadpool.
Uma história dessas seria no mínimo divertida, e Brian Posehn e Gerry Duggan conseguiram tirar o melhor dela. Os ritmos da ação e da comédia funcionam muito bem juntos e a história vai sendo contada na progressão certa. Não se pode dizer que existem grandes artifícios narrativos, tirando o ocasional bom uso de páginas duplas, mas, na simplicidade do uso dos quadros, os roteiristas entregam uma história bem contada. No decorrer do arco de Meus Queridos Presidentes, Deadpool vai atrás de seus ilustres alvos em desventuras recheadas de referências e com uma violência gráfica pra lá de escatológica.


Nenhum comentário: