segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Mas para tristeza de Sean e satisfação do leitor, Delaney reserva para seu personagem muitas aventuras em mares bravios.
Clique na imagem leia 1º capitulo
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O que levaria alguém a golpear outra pessoa na cabeça e, na sequência, esfaqueá-la 77 vezes? O garoto de programa Daniel Graydon jamais imaginaria que encontraria tamanha perversão nos clientes com quem saía. Mas viu seu fim se aproximar ao ir contra sua regra de ouro: nunca levar os homens para casa. Seu parceiro sexual e algoz, porém, tinha algo de sedutor e era difícil recusar a proposta de uma noite regada a sexo, e muito bem paga. Daniel tornara-se apenas uma das vítimas de um personagem sombrio, cuja pulsão pela morte o levava a matar com regularidade e método. Cada morte representando um passo adiante no aperfeiçoamento da macabra arte de tirar vidas: cruel, dolorosa, limpa e sem pistas. Um desafio para a polícia de Londres e sua divisão de Crimes Graves do Grupo Sul, liderada pelo atormentado detetive-investigador Sean Corrigan.
Brutal é o primeiro thriller policial de Luke Delaney, que serviu por muitos anos na polícia londrina investigando crimes diversos, dos cometidos por assassinos em série aos resultados de conflitos entre gangues e máfias. No livro de Delaney, Sean Corrigan é o herói que encarna a missão de desvendar mortes e descobrir quem os cometeu, e fazê-los pagar. Corrigan, no entanto, não é um detetive comum. Sua infância sofrida e traumática – era abusado sexualmente pelo pai – despertou nele uma conexão com o lado obscuro do ser humano. Ao investigar cada morte, o detetive consegue imaginar – e mesmo sentir – o que motiva o assassino a realizar suas mortes.

É essa intuição poderosa que vai orientar Sean Corrigan e sua eficiente e leal equipe na busca pelo assassino de Daniel Graydon.
O assassino é um homem frio, que busca a cada morte aprimorar seus métodos de matar. Suas vítimas não têm perfil específico e ele pode agir tanto por impulso como ficar semanas estudando a rotina da sua “presa”. Pode ser homem, mulher, mais velho ou mais jovem. Não importa. O que há em comum, porém, é uma intensa crueldade revelada na brutalidade das mortes e no potencial que ela tem de infligir sofrimento à vítima. Calculista, ele evita ser visto e nunca deixa pistas na cena do crime, simulando sempre uma situação que possa confundir a polícia, como a de sugerir um crime passional, no caso de Graydon.
Brutal tem aquela reviravolta típica de romances policiais, mas vai além: como ex-policial, Delaney retrata com fidelidade os procedimentos investigativos e a rotina na instituição; como os policiais reagem durante a investigação de um crime, como se relacionam entre si e com os criminosos. É possível sentir que cada personagem tem densidade e certamente foi inspirado em muitos dos colegas e casos investigados pelo autor. Sean Corrigan, o herói de Delaney, impressiona pelos vários desafios que deve superar, seja ao administrar seu passado sombrio que vem à tona em cada assassinato que investiga, seja ao tentar conciliar sua intensa e caótica vida profissional e sua família – as filhas e sua mulher, que considera seu porto seguro. 

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