sábado, 28 de julho de 2012

Uma Historia informal do Submundo



O livro:

As gangues de Nova York

Herbert Asbury
Enfoca a história de Nova York desde os anos 1840 até 1863, ano marcado por tumultos sangrentos por causa do recrutamento obrigatório. Nesse período, os limites entre o gangsterismo e a política eram bastante indistintos. Os dois principais partidos políticos, o Tammany Hall e o Native Americans, usavam as gangues para a pilhagem do dinheiro público e a conquista do controle de Manhattan. O livro foi usado como ponto de partida para um filme do mesmo nome, estrelado por Leonardo DiCaprio, Cameron Diaz e Daniel Day-Lewis.

O filme:
Gangues de Nova York, de Martin Scorsese, foi um dos principais perdedores na cerimônia do Oscar de 2003. Filme épico, ambientado na Nova York de 1863, toca em uma complicada ferida norte-americana: a violência e o preconceito frente ao outro, e como isso refletiu no surgimento dos antagonismos entre Republicanos e Democratas.


Como em todo filme épico, Gangues de Nova York pode ser analisado tanto em relação ao roteiro que segue, quanto ao contexto em que foi produzido. Todo filme, por mais que procure retratar com o máximo de fidelidade um período histórico, acaba refletindo muito mais sua relação com o presente.

Apesar de ter chegado aos cinemas norte-americanos no final de 2002, o filme estava sendo rodado durante o 11 de setembro de 2001, acompanhou o desenrolar dos acontecimentos e o surgimento da Doutrina Bush. E uma crítica ferrenha a isto está na obra.

Retratando a violência frente ao outro, a exclusão e o conservadorismo, Martin Scorsese fez uma metáfora do período em que vive. Mostra a que ponto podem chegar os ânimos exaltados dos conservadores e suas raízes marcadas com o sangue. Na cena final, a mensagem é clara: “vocês podem ter feito todo esse massacre para tentar continuar no poder, mas no final acabaram enterrados lado a lado com aqueles que perseguiram. E o país que construíram, intolerante e violento, tornou-se alvo dos excluídos e atacados”.

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