Para o filósofo Ollivier Pourriol, o cinema é a arte que expressa os desejos. Na tela grande vemos refletidos nossos anseios retratados e vivenciados pelos personagens. “Durante o tempo de um filme, partilhamos uma modificação global da consciência de um personagem e vemos o mundo através de seus olhos, ou melhor, através de seu olhar: entramos no mundo de seu desejo”, explica Pourriol em Filosofando no cinema.
O autor segue a linha de sucesso de seu Cinefilô, publicado pela Zahar em 2009, e utiliza a sétima arte para desenvolver questões da filosofia. O desejo é o objeto de suas buscas em cenas de filmes como De olhos bem fechados, Beleza americana e Toy Story. Cada um dos longas é utilizado para refletir e exemplificar um aspecto específico: desejo de reconhecimento, de diferença, desejo pelo outro, a morte do desejo, aqueles que nos enlouquecem, o tempo de cada um deles. Para esclarecer esses temas, o autor recorre ao pensamento de Sartre, Platão, Spinoza, Deleuze, Hegel, Descartes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário