Clique na imagem e leia 1º capitulo
“Mr. Iceberger” foi o apelido que a equipe do navio cruzeiro MS Hansen escolheu para Zeno Hintermeier, o coordenador da expedição que faz incursões anuais à Antártida levando cientistas afeitos ao frio, turistas entusiasmados e uma equipe de funcionários filipinos. Solitário, frio, à deriva: as maneiras de entender o apelido são muitas. Um estudioso de geleiras obcecado com o aquecimento global, Zeno é o protagonista radical de Degelo, do escritor búlgaro Ilija Trojanow. Entremeando anotações do caderno de Mr. Iceberger com uma comunicação confusa por rádio, o romance revela aos poucos sua trama, dando pistas de que esta não será uma viagem ordinária. Zeno relembra o derretimento completo da geleira que ele estudava nos Alpes, o surto que o acometeu depois dessa trágica “morte” e o fracasso de seu casamento. Ele está cada vez mais radical em sua crítica à exploração irresponsável do planeta, direcionando seu ódio aos turistas que acabam vivenciando a Antártida mais pelas câmeras fotográficas do que de fato pelo contato com o meio ambiente. Para acentuar sua irritação, o badalado artista Dan Quentin subiu a bordo do navio para realizar seu mais novo projeto e exige atenção especial: conta com Zeno para a organização de um sos humano formado pelos passageiros, com o objetivo de transformar essa falsa manobra de emergência em obra de arte.
À medida que o navio avança para o sul, aumenta a acidez do cientista. O absurdo cresce na mesma proporção: passagens exaltadas do personagem ganham um tom quase patético, imprimindo cores cômicas, mas também trágicas, à incursão do navio pelo continente gelado.
“Mr. Iceberger” foi o apelido que a equipe do navio cruzeiro MS Hansen escolheu para Zeno Hintermeier, o coordenador da expedição que faz incursões anuais à Antártida levando cientistas afeitos ao frio, turistas entusiasmados e uma equipe de funcionários filipinos. Solitário, frio, à deriva: as maneiras de entender o apelido são muitas. Um estudioso de geleiras obcecado com o aquecimento global, Zeno é o protagonista radical de Degelo, do escritor búlgaro Ilija Trojanow. Entremeando anotações do caderno de Mr. Iceberger com uma comunicação confusa por rádio, o romance revela aos poucos sua trama, dando pistas de que esta não será uma viagem ordinária. Zeno relembra o derretimento completo da geleira que ele estudava nos Alpes, o surto que o acometeu depois dessa trágica “morte” e o fracasso de seu casamento. Ele está cada vez mais radical em sua crítica à exploração irresponsável do planeta, direcionando seu ódio aos turistas que acabam vivenciando a Antártida mais pelas câmeras fotográficas do que de fato pelo contato com o meio ambiente. Para acentuar sua irritação, o badalado artista Dan Quentin subiu a bordo do navio para realizar seu mais novo projeto e exige atenção especial: conta com Zeno para a organização de um sos humano formado pelos passageiros, com o objetivo de transformar essa falsa manobra de emergência em obra de arte.
À medida que o navio avança para o sul, aumenta a acidez do cientista. O absurdo cresce na mesma proporção: passagens exaltadas do personagem ganham um tom quase patético, imprimindo cores cômicas, mas também trágicas, à incursão do navio pelo continente gelado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário