Os Guerreiros Sagrados. Lara promete mais dois livros na sequencia, e afirma que já está finalizando o segundo volume da série, ainda sem o subtítulo oficial. O lançamento do primeiro volume da trilogia foi em 21 de setembro de 2013, durante um importante evento da Literatura, o Fantasticon – Simpósio de Literatura Fantástica, em São Paulo, capital.
São raros os livros que abordam esse tema (mitologia africana) em forma de ficção e aventura, existindo em quase sua totalidade obras voltadas para o público religioso. A autora sentiu falta de livros que pudessem ser lidos em sala de aula, independente da orientação religiosa dos alunos. A Saga de Orum permeia o fantástico, o irreal, uma ficção encantada, como o chama Lara Orlow. Para abordar esse intrigante tema, ela precisou mergulhar em uma ávida pesquisa sobre os orixás e seus mitos, a fim de transcrevê-los em forma de literatura fantástica.
“Não foi um trabalho fácil”, afirma Lara, “os mitos africanos variam de nação para nação, por se tratar de uma tradição oral. Assim, um orixá pode ser masculino ou feminino, dependendo da nação que o cita, como é o caso de Olokun”. Para adequar os mitos à aventura fantástica, a autora precisou fazer algumas adaptações, como, por exemplo, criar alguns elos de parentesco inexistentes nas lendas originais. “É provável que isso gere algumas críticas”, explica a autora, “mas ponderando sobre a diversidade dos mitos e suas muitas ramificações, acredito que isso não seja um problema para os seguidores das religiões de matriz africana”.
O principal objetivo da autora, ao escrever o livro, foi justamente erradicar o preconceito, gerando conhecimento. Além de proporcionar para educadores, pais e escolas, um material rico e dinâmico, em linguagem atual, para a abordagem do tema: cultura africana, uma vez que faz parte do currículo nacional de educação, seja em sala de aula, ou fora dela.
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