A vida do bandeirante Antônio Raposo Tavares (1598-1658), bem como suas famosas expedições — ou bandeiras —, ganha tintas ficcionais e com riqueza de detalhes em “Raposo Tavares, O último bandeirante” escrito pelo jornalista português Pedro Pinto e lançado pela Editora Planeta. Graças à imaginação do escritor, o leitor será apresentado a um Raposo Tavares mais fantástico e menos histórico.
Em suas mais de 250 páginas, é possível entender, por exemplo, como Tavares aprendeu com os nativos, a usar ervas e unguentos para se proteger dos perigos da mata e curar mazelas. E mais, descobrirá que ele não só capturava índios, mas que também se dedicava ao estudo de suas características e costumes; que mantinha em sua casa, em São Paulo, um acervo de pós, remédios, pastas e chás de fazer inveja a qualquer boticário dedicado; e que teve seu coração capturado pela beleza de uma certa Maria Teresa de Gusmão.
Também estão contemplados os relatos das grandes batalhas que o bandeirante travou nas missões e ao se embrenhar pela selva amazônica, em busca do afamado Eldorado e que tanto a coroa portuguesa ambicionava explorar.
O próprio autor explica: “Este é um romance, não um livro de história. Como também não é um trajeto de A para B, respeitador de todos os fatos históricos ou entendidos como tal… É uma obra literária… em que o romance mergulha onde os fatos não são absolutamente claros”. O que não o isenta de trazer relatos e informações consideradas verdadeiras e que fazem jus à fama desse importante personagem da História de Portugal e do Brasil.
Sobre o autor:
Nascido em 1971, em Lisboa, e jornalista desde 1997, o português Pedro Pinto é editor e apresentador do Jornal da Uma e do Jornal das 8, tendo atuado também na bancada do Jornal Nacional, todos da emissora portuguesa TVI. Formado em Relações Internacionais pela Universidade Autónoma de Lisboa, é pós-graduado em Estudos Europeus pelo Instituto Superior de Economia e Gestão de Lisboa (ISEG). O escritor é, ainda, professor de Relações Internacionais e Ciências da Comunicação na Universidade Autónoma de Lisboa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário