terça-feira, 12 de maio de 2015

O primeiro relato feito de dentro de Guantánamo retrata o clima de terror e paranoia que ameaça a democracia contemporânea

Desde 2002, Mohamedou Slahi está preso no campo de detenção da Baía de Guantánamo, em Cuba. No entanto os Estados Unidos nunca o acusaram formalmente de um crime. Um juiz federal ordenou sua libertação em março de 2010, mas o governo americano resistiu à decisão e não há perspectiva de libertá-lo. Três anos depois de sua prisão, Slahi deu início a um diário em que conta sua vida antes de desaparecer sob a custódia americana, o processo interminável de interrogatório e seu cotidiano como prisioneiro em Guantánamo. Seu diário não é apenas um registro vívido de um erro da Justiça, mas um livro de memórias denso, multifacetado, aterrorizante, sombrio e autoirônico. 
Sobre o autor:
 Mohamedou Ould Slahi nasceu na Mauritânia. No começo dos anos 1990, uniu-se às unidades da Al-Qaeda que combatiam, com apoio americano, o governo afegão, apoiado pelos soviéticos. Em 2002,foi enviado para Guantánamo pela CIA. Nunca foi acusado de nenhum crime.

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