terça-feira, 11 de fevereiro de 2014


Novembro de 2000. Nove tiros. Um dos mais contundentes e brilhantes músicos da geração 90, Marcelo Yuka, na época compositor e baterista da banda O Rappa, viu a vida se transformar ao ser alvejado por bandidos. Até então, sua trajetória seguia o caminho do melhor dos sonhos e, como ele mesmo diz, “sonho de ninguém comporta a realidade de ter virado um aleijado”.
Naquela hora, teve a certeza de que não morreria, mas seria preciso renascer.
Perdeu a força para a bateria, perdeu a mobilidade para viajar com o grupo, mas, o pior de tudo: foi demitido da banda que ele próprio ajudara a criar.
Amigo de bandido, de político, de policial, Marcelo Yuka se reinventou como artista e como pessoa. Sua preocupação social o manteve em cena. No processo de recuperação, convive até hoje com dores lancinantes e tem dificuldade para executar tarefas simples. Porém decidiu experimentar novas possibilidades: na música, nas artes e até na política.
Neste livro, Yuka faz um relato de alma, mantendo um compromisso raro com a verdade de suas angústias e alegrias.
Apesar das dores dos anos, Yuka manteve uma sensação de juventude pulsante que o fez seguir criando. E mesmo que sua história possa indicar o contrário, ele não abandonou a crença de que o melhor ainda está por vir.

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