Lobato dá aula de Ciências para crianças e adultos também no livro Serões de Dona Benta
Monteiro Lobato foi o primeiro escritor brasileiro a respeitar a inteligência e a curiosidade intelectual das crianças. Como não subestimava os pequenos, não hesitava em informar por meio da literatura, oferecendo ao leitor uma nova maneira de conhecer o mundo.
Serões de Dona Benta, que acaba de ser lançado pela Globinho, é um delicioso exemplo da habilidade do autor em abordar temas complexos de maneira divertida. No livro, depois de perceber certa mudança nas crianças desde a abertura do primeiro poço de petróleo no Brasil – episódio narrado no livro O poço do Visconde –, Dona Benta resolve ensinar física, geografia e astronomia para Pedrinho, Narizinho e Emília. Eles tinham aprendido um pouco de geologia e queriam mais, estavam ansiosos por “saber tudo quanto há no mundo”.
Ao longo da narrativa, Dona Benta fala de assuntos ligados à ciência de maneira, simples, direta e dinâmica. Usa acontecimentos do cotidiano, experiências e curiosidades como ponto de partida para as aulas. Uma lufada de vento que entra pela janela da sala, por exemplo, se torna o gancho perfeito para uma conversa sobre o ar.
Monteiro Lobato cria metáforas engraçadas, usa diálogos para desenvolver o conteúdo científico e valoriza a participação das crianças na construção do conhecimento. As observações e questionamentos dos garotos – junto com as maluquices de Emília – deixam as aulas de Dona Benta ainda mais dinâmicas e divertidas. Além disso, os 22 capítulos do livro são encadeados de maneira a facilitar o aprendizado e, muitas vezes, o mesmo assunto é divido em mais de um capítulo para não cansar o leitor.
Lançada pela primeira vez em 1937, a obra é um reflexo da preocupação de Lobato com a educação e de sua visão revolucionária sobre pedagogia. Além disso, apresenta algumas ideias bastante avançadas para a época, e que só se tornaram realidade muito tempo depois da morte do autor, como a viagem pela estratosfera, a clonagem ou o uso da força das marés como fonte da energia renovável.
Apesar dos quase 80 anos transcorridos desde sua primeira publicação, o livro continua atual e pode ser uma valiosa ferramenta para professores e alunos. A edição atual foi complementada com comentários que atualizam os conteúdos científicos e apontam as mudanças que aconteceram na década de 1940 até os dias de hoje. Outra novidade dessa recente edição são os dois anexos no final do livro: um breve histórico da evolução dos modelos atômicos e uma classificação periódica dos elementos.Como diz Tatiana Belinky no texto de orelha do livro, com sua linguagem “clara como água do pote”, sem nenhum “cientifiquês”, Serões de Dona Benta vale por toda uma biblioteca.
Monteiro Lobato foi o primeiro escritor brasileiro a respeitar a inteligência e a curiosidade intelectual das crianças. Como não subestimava os pequenos, não hesitava em informar por meio da literatura, oferecendo ao leitor uma nova maneira de conhecer o mundo.
Serões de Dona Benta, que acaba de ser lançado pela Globinho, é um delicioso exemplo da habilidade do autor em abordar temas complexos de maneira divertida. No livro, depois de perceber certa mudança nas crianças desde a abertura do primeiro poço de petróleo no Brasil – episódio narrado no livro O poço do Visconde –, Dona Benta resolve ensinar física, geografia e astronomia para Pedrinho, Narizinho e Emília. Eles tinham aprendido um pouco de geologia e queriam mais, estavam ansiosos por “saber tudo quanto há no mundo”.
Ao longo da narrativa, Dona Benta fala de assuntos ligados à ciência de maneira, simples, direta e dinâmica. Usa acontecimentos do cotidiano, experiências e curiosidades como ponto de partida para as aulas. Uma lufada de vento que entra pela janela da sala, por exemplo, se torna o gancho perfeito para uma conversa sobre o ar.
Monteiro Lobato cria metáforas engraçadas, usa diálogos para desenvolver o conteúdo científico e valoriza a participação das crianças na construção do conhecimento. As observações e questionamentos dos garotos – junto com as maluquices de Emília – deixam as aulas de Dona Benta ainda mais dinâmicas e divertidas. Além disso, os 22 capítulos do livro são encadeados de maneira a facilitar o aprendizado e, muitas vezes, o mesmo assunto é divido em mais de um capítulo para não cansar o leitor.
Lançada pela primeira vez em 1937, a obra é um reflexo da preocupação de Lobato com a educação e de sua visão revolucionária sobre pedagogia. Além disso, apresenta algumas ideias bastante avançadas para a época, e que só se tornaram realidade muito tempo depois da morte do autor, como a viagem pela estratosfera, a clonagem ou o uso da força das marés como fonte da energia renovável.
Apesar dos quase 80 anos transcorridos desde sua primeira publicação, o livro continua atual e pode ser uma valiosa ferramenta para professores e alunos. A edição atual foi complementada com comentários que atualizam os conteúdos científicos e apontam as mudanças que aconteceram na década de 1940 até os dias de hoje. Outra novidade dessa recente edição são os dois anexos no final do livro: um breve histórico da evolução dos modelos atômicos e uma classificação periódica dos elementos.Como diz Tatiana Belinky no texto de orelha do livro, com sua linguagem “clara como água do pote”, sem nenhum “cientifiquês”, Serões de Dona Benta vale por toda uma biblioteca.
O autor
José Bento Monteiro Lobato nasceu em Taubaté, interior de São Paulo, em 18 de abril de 1882. Formou-se em Direito na Faculdade do Largo São Francisco, mas abandonou a profissão. Foi escritor, jornalista, tradutor, editor e empresário. Além disso, fundou sua própria editora. Publicou dezenas de livros para adultos e crianças.
Em 1920, lançou seu primeiro livro infantil, A menina do narizinho arrebitado, que alcançou imenso sucesso. A partir daí, começaram a nascer as histórias do Sítio do Picapau Amarelo. Lobato criou aventuras com figuras bem brasileiras, recuperando costumes da roça e lendas do folclore nacional. Muitas vezes, usava também elementos da literatura universal, da mitologia grega, dos quadrinhos e do cinema. Escreveu ainda livros que falam de história, geografia e matemática, tornando-se pioneiro na literatura paradidática. Lobato faleceu em São Paulo, em 4 de julho de 1948. É considerado o pai da literatura infantil no Brasil.
O ilustrador
Roberto Fukue, ilustrador paulista que fez carreira com ilustrações para histórias em quadrinhos na década de 1970. Ganhador do Troféu HQ Mix de 2008, Fukue deu os primeiros passos como desenhista aos 15 anos no estúdio de seu irmão, Paulo Fukue. Deu vida aos personagens da Disney por mais de 12 anos como contratado na Editora Abril. Hoje tem seu próprio estúdio e desenvolve, junto de sua equipe, trabalhos para o mercado editorial, agências de publicidade e empresas.
Em 1920, lançou seu primeiro livro infantil, A menina do narizinho arrebitado, que alcançou imenso sucesso. A partir daí, começaram a nascer as histórias do Sítio do Picapau Amarelo. Lobato criou aventuras com figuras bem brasileiras, recuperando costumes da roça e lendas do folclore nacional. Muitas vezes, usava também elementos da literatura universal, da mitologia grega, dos quadrinhos e do cinema. Escreveu ainda livros que falam de história, geografia e matemática, tornando-se pioneiro na literatura paradidática. Lobato faleceu em São Paulo, em 4 de julho de 1948. É considerado o pai da literatura infantil no Brasil.
O ilustrador
Roberto Fukue, ilustrador paulista que fez carreira com ilustrações para histórias em quadrinhos na década de 1970. Ganhador do Troféu HQ Mix de 2008, Fukue deu os primeiros passos como desenhista aos 15 anos no estúdio de seu irmão, Paulo Fukue. Deu vida aos personagens da Disney por mais de 12 anos como contratado na Editora Abril. Hoje tem seu próprio estúdio e desenvolve, junto de sua equipe, trabalhos para o mercado editorial, agências de publicidade e empresas.
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