#Acidente destrói foguete brasileiro na base de Alcântara 17h13 - 22/08/2003
Primeiro país da América Latina a lançar foguete
Com o lançamento, o Brasil se tornaria o primeiro país da América Latina a enviar um foguete de fabricação própria para o espaço a partir de uma base construída perto da linha do Equador e planejada décadas atrás, durante o regime militar. A base de lançamento de Alcântara, no Maranhão, e seus cerca de 800 cientistas e militares corriam contra o relógio para concluir a montagem do foguete de 20 metros de altura.
"Até o dia 25 (de agosto), estaremos prontos para dar início à seqüência de lançamento", disse o major-brigadeiro Tiago da Silva Ribeiro, coordenador geral do projeto, antes da explosão.
O governo militar planejou, originalmente, levar o país à corrida espacial nos anos 1970. O primeiro passo foi a desapropriação de um terreno de 62 mil hectares nas proximidades da cidade de Alcântara, onde foram construídas as instalações de lançamento.
Até agora, no entanto, os cientistas e militares brasileiros não conseguiram realizar seu sonho, quase 25 anos e centenas de milhões de dólares depois. Em 1997 e em 1999, os foguetes lançados se destruíram pouco depois da decolagem devido a problemas técnicos.
Desta vez, porém, na base de Alcântara, havia uma determinação renovada para garantir o sucesso da empreitada. Ribeiro, que trabalha vestido com uniforme militar e dirigiu as tentativas de lançamento de 1997 e 1999, se dizia confiante no fato de os problemas anteriores terem sido resolvidos. O major-brigadeiro não convidaria repórteres para acompanhar o lançamento.
Veículo de lançamento de satélite
Os funcionários do laboratório de Alcântara deram início à montagem do foguete (Veículo de Lançamento de Satélite, VLS) de US$ 6,5 milhões no dia 1º de julho, quando começaram a chegar os componentes enviados de São Paulo.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) montou dois pequenos satélites, que carregam equipamentos de posicionamento, um transmissor para comunicações e uma bateria.
Os satélites, guardados juntos em um compartimento, seriam lançados em uma órbita baixa da Terra (cerca de 750 quilômetros acima da superfície), menos de oito minutos depois do lançamento e quando o último estágio do foguete fosse descartado.
O sucesso do lançamento significaria uma grande vitória para o Brasil. Conforme autoridades, a base de Alcântara tem potencial para se tornar um dos maiores centros de lançamento de satélite do mundo.
A base é a mais próxima da linha do Equador já construída, o que permite aos foguetes levar menos combustível e cargas mais pesadas, já que se aproveitam das forças centrífugas do planeta. Em julho, o governo brasileiro assinou um acordo com a Ucrânia, prevendo que Alcântara será a base de lançamento dos foguetes Cyclone.
BRASÍLIA (Reuters) - O foguete brasileiro que deveria ser lançado nos próximos dias da base de Alcântara, no Maranhão, foi destruído em um acidente no centro de lançamento, afirmou o Comando da Aeronáutica.
"Lamentamos informar um acidente com o terceiro protótipo do VLS (Veículo Lançador de Satélite) (...) ocorrido hoje, por volta das 13h30, no Centro de Lançamento de Alcântara", declarou a Aeronáutica em um comunicado.
"O foguete foi destruído", disse uma porta-voz da Agência Espacial Brasileira.
Não há informações sobre vítimas ou sobre a causa do acidente. Autoridades salientaram que o acidente não aconteceu numa tentativa de lançamento.
Há informações não-confirmadas de que uma explosão foi ouvida a dezenas de quilômetros, na cidade de São Luís.
O foguete de 6,5 milhões de reais, medindo 20 metros, deveria colocar dois satélites em órbita.
Especialistas estavam trabalhando desde o início de julho para construir o VLS. No início da semana cientistas podiam ser vistos trabalhando nas plataformas no foguete.
O foguete passaria por testes finais até 24 de agosto, para que a sequência de lançamento fosse iniciada.
A #força aérea disse em um comunicado que equipes de resgate estavam treinadas para este tipo de acontecimento. Ambulâncias e um caminhão de bombeiro estavam estacionados perto da plataforma de lançamento, situada em uma área de forte segurança da base espacial.
Foi a terceira tentativa frustrada de lançar um foguete brasileiro. As outras duas tentativas ocorreram em 1997 e 1999, quando os foguetes foram destruídos pouco após o lançamento em razão de problemas técnicos.
O mais recente lançamento estava previsto para ocorrer a partir de segunda-feira, dependendo das condições atmosféricas e de checagens finais.
Os rumores sobre o acidente chegaram a Brasília no momento em que o presidente da Agência Espacial Brasileira dava uma entrevista coletiva junto com o presidente da agência espacial ucraniana sobre um acordo de lançamento para o lançamento de foguetes ucranianos em Alcântara.
"Este triste acidente não deve e não irá influenciar as relações entre Brasil e Ucrânia", disse Valeriy Komarov, presidente da Agência Espacial Ucraniana. O terceiro protótipo do Veículo Lançador de Satélites (VLS) que seria lançado do Centro de Lançamento de Alcântara (Cla), no Maranhão, explodiu hoje na rampa de lançamento e matou 21 pessoas. Os nomes das vítimas já chegaram a Brasília e devem ser divulgados no começo da tarde de sábado. Os trabalhos de resgate dos corpos foram retomados na manhã. A investigação sobre o acidente já foi iniciada e uma das causas pode ser a explosão das células de combustível sólido dos foguetes propulsores. O material, à base de perclorato de amônia, é altamente instável. O governo do Maranhão decretou luto oficial de 3 dias.
"O foguete foi destruído", disse uma porta-voz da Agência Espacial Brasileira.
Não há informações sobre vítimas ou sobre a causa do acidente. Autoridades salientaram que o acidente não aconteceu numa tentativa de lançamento.
Há informações não-confirmadas de que uma explosão foi ouvida a dezenas de quilômetros, na cidade de São Luís.
O foguete de 6,5 milhões de reais, medindo 20 metros, deveria colocar dois satélites em órbita.
Especialistas estavam trabalhando desde o início de julho para construir o VLS. No início da semana cientistas podiam ser vistos trabalhando nas plataformas no foguete.
O foguete passaria por testes finais até 24 de agosto, para que a sequência de lançamento fosse iniciada.
A #força aérea disse em um comunicado que equipes de resgate estavam treinadas para este tipo de acontecimento. Ambulâncias e um caminhão de bombeiro estavam estacionados perto da plataforma de lançamento, situada em uma área de forte segurança da base espacial.
Foi a terceira tentativa frustrada de lançar um foguete brasileiro. As outras duas tentativas ocorreram em 1997 e 1999, quando os foguetes foram destruídos pouco após o lançamento em razão de problemas técnicos.
O mais recente lançamento estava previsto para ocorrer a partir de segunda-feira, dependendo das condições atmosféricas e de checagens finais.
Os rumores sobre o acidente chegaram a Brasília no momento em que o presidente da Agência Espacial Brasileira dava uma entrevista coletiva junto com o presidente da agência espacial ucraniana sobre um acordo de lançamento para o lançamento de foguetes ucranianos em Alcântara.
"Este triste acidente não deve e não irá influenciar as relações entre Brasil e Ucrânia", disse Valeriy Komarov, presidente da Agência Espacial Ucraniana. O terceiro protótipo do Veículo Lançador de Satélites (VLS) que seria lançado do Centro de Lançamento de Alcântara (Cla), no Maranhão, explodiu hoje na rampa de lançamento e matou 21 pessoas. Os nomes das vítimas já chegaram a Brasília e devem ser divulgados no começo da tarde de sábado. Os trabalhos de resgate dos corpos foram retomados na manhã. A investigação sobre o acidente já foi iniciada e uma das causas pode ser a explosão das células de combustível sólido dos foguetes propulsores. O material, à base de perclorato de amônia, é altamente instável. O governo do Maranhão decretou luto oficial de 3 dias.
Primeiro país da América Latina a lançar foguete
Com o lançamento, o Brasil se tornaria o primeiro país da América Latina a enviar um foguete de fabricação própria para o espaço a partir de uma base construída perto da linha do Equador e planejada décadas atrás, durante o regime militar. A base de lançamento de Alcântara, no Maranhão, e seus cerca de 800 cientistas e militares corriam contra o relógio para concluir a montagem do foguete de 20 metros de altura.
"Até o dia 25 (de agosto), estaremos prontos para dar início à seqüência de lançamento", disse o major-brigadeiro Tiago da Silva Ribeiro, coordenador geral do projeto, antes da explosão.
O governo militar planejou, originalmente, levar o país à corrida espacial nos anos 1970. O primeiro passo foi a desapropriação de um terreno de 62 mil hectares nas proximidades da cidade de Alcântara, onde foram construídas as instalações de lançamento.
Até agora, no entanto, os cientistas e militares brasileiros não conseguiram realizar seu sonho, quase 25 anos e centenas de milhões de dólares depois. Em 1997 e em 1999, os foguetes lançados se destruíram pouco depois da decolagem devido a problemas técnicos.
Desta vez, porém, na base de Alcântara, havia uma determinação renovada para garantir o sucesso da empreitada. Ribeiro, que trabalha vestido com uniforme militar e dirigiu as tentativas de lançamento de 1997 e 1999, se dizia confiante no fato de os problemas anteriores terem sido resolvidos. O major-brigadeiro não convidaria repórteres para acompanhar o lançamento.
Veículo de lançamento de satélite
Os funcionários do laboratório de Alcântara deram início à montagem do foguete (Veículo de Lançamento de Satélite, VLS) de US$ 6,5 milhões no dia 1º de julho, quando começaram a chegar os componentes enviados de São Paulo.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) montou dois pequenos satélites, que carregam equipamentos de posicionamento, um transmissor para comunicações e uma bateria.
Os satélites, guardados juntos em um compartimento, seriam lançados em uma órbita baixa da Terra (cerca de 750 quilômetros acima da superfície), menos de oito minutos depois do lançamento e quando o último estágio do foguete fosse descartado.
O sucesso do lançamento significaria uma grande vitória para o Brasil. Conforme autoridades, a base de Alcântara tem potencial para se tornar um dos maiores centros de lançamento de satélite do mundo.
A base é a mais próxima da linha do Equador já construída, o que permite aos foguetes levar menos combustível e cargas mais pesadas, já que se aproveitam das forças centrífugas do planeta. Em julho, o governo brasileiro assinou um acordo com a Ucrânia, prevendo que Alcântara será a base de lançamento dos foguetes Cyclone.
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