terça-feira, 12 de maio de 2015

Coleção de poemas inéditos de Arnaldo Antunes marca estreia do artista múltiplo e pop na Companhia das Letras

“Recuerde”, diz a placa imperativa em espanhol, enquanto o retrovisor do automóvel mostra o que já ficou no passado. “Eu tenho uma coleção de esquecimentos/ e apenas duas mãos pra ver o mundo”, lamenta o “super-homem submisso” que não alcança o ritmo dos acontecimentos. Resta observar coisas mínimas como uma formiga ou imensas como o universo e seus astros. O tempo e o espaço, a insignificância e a morte são os principais temas deste volume de inéditos de Arnaldo Antunes, que oscilam entre o humor e a desilusão. Alternando poemas em verso e visuais, fotografias e “prosinhas”, a obra é marcada pela pluralidade, pelo registro pop e pela sonoridade, tão próprios ao artista, que assina também o projeto gráfico. Um diálogo sensível e desafiante com o homem contemporâneo. 
Sobre o autor:
 Arnaldo Antunes nasceu em 1960 em São Paulo. Poeta, compositor, músico e artista visual, lançou inúmeros livros, CDs e DVDs para adultos e crianças. Foi um dos criadores e membros do Titãs e recebeu o Grammy com o grupo Tribalistas, entre tantos outros prêmios.

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