segunda-feira, 13 de abril de 2015


Que posturas uma filosofia deve inventar para capturar os gestos? A que passos comuns e divergentes somos convidados dançando e filosofando? Nesta obra, esboça-se a paisagem de um encontro entre dança e filosofia, onde são redistribuídos, através da experiência da gravidade, os pesos e as levezas, as imagens e os gestos, os pensamentos e os movimentos. Uma paisagem povoada de verbos, de passos, de pontos de interrogação e de limites móveis. Uma paisagem conceitual de Schopenhauer a Bergson, e a Deleuze, atravessada por uma inquietude: a da imediatez e do imprevisível como potências limites do exercício filosófico, aí onde ela ressoa com a da improvisação como questionamento incessante da composição coreográfica (da geração do Judson Dance Theater à criação contemporânea). Pondo-se a pensar, a pesar, a caminhar e a rolar juntas, dança e filosofia cruzarão alguns problemas de representações, de percepções, de composições e de modos de andar coletivos.
Sobre a autora:
Marie Bardet desenvolve uma pesquisa singular na qual se articulam teoria e prática, entre seu percurso universitário em filosofia e uma formação em dança. Doutora em filosofia pela Universidade Paris 8 e pela Universidade de Buenos Aires – onde defendeu em 2008 uma tese intitulada: “Filosofia dos corpos em movimento. Entre a improvisação na dança e a filosofia de Bergson. Estudo da imediatez” – ela dá sequência ao seu trabalho de pesquisa em filosofia (pós-doutoranda na Universidade de Buenos Aires), ao seu trabalho de escrita e ao seu ensino teórico-prático tanto em algumas instituições francesas quanto na Argentina.

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