quinta-feira, 9 de abril de 2015



Desde os vinhedos de Salerno, na Itália, até a cidade de Bauru, no interior de São Paulo, a história real daquela que foi considerada a maior cafetina do país, Eny Cezarino, percorre os séculos XIX e XX.
Contrariando o desejo de seus pais, que a criaram para ser uma respeitada dama e se casar bem — como se dizia antigamente —, a paulistana Eny tornou-se a proprietária de um dos mais famosos bordéis do Brasil, que teve seu auge entre as décadas de 1960 e 1970.
Esse curioso paradoxo é contado de forma romanceada pelo jornalista Lucius de Mello, que, com uma prosa fundamentada em entrevistas, material iconográfico e em jornais e revistas, apresenta com riqueza de detalhes a trajetória da “Casa da Eny” — como era conhecido o bordel dessa famosa personagem de alcova.
Belas garotas, com seus “corpos violão”, e homens célebres, entre eles artistas, empresários, políticos e até religiosos, circularam pelos salões, quartos e festas do endereço luxurioso e fizeram a fama do lugar, cujo cotidiano e segredos são revelados em Eny e o Grande Bordel Brasileiro.
A biografia de Eny é narrada com base na técnica do New Jornalism - ou Jornalismo Literário - um gênero jornalístico que surgiu na imprensa dos Estados Unidos, na década de 60, que tem como principais expoentes Tom Wolfe, Gay Talese, Norman Mailer e Truman Capote. Classificado como romance de não-ficção, sua principal característica é misturar a narrativa jornalística com a literária.

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