Novo filme dirigido por James Franco recebe críticas ruins em Veneza
De nada adiantou James Franco raspar a cabeça para um novo projeto e postar o processo da tosa na internet, ou aparecer na coletiva de imprensa de um prêmio com a careca tatuada para o personagem, como fez na tarde desta sexta-feira (4). Não há truque que consiga desviar a atenção do apedrejamento que “The sound and the fury”, o mais recente exercício do ator na direção, exibido fora da competição no 71º Festival de Veneza, recebeu da imprensa.
Segunda incursão do ambicioso multi-artista na obra do escritor americano William Faukner – a primeira, “As I lay dying” (2013, baseado no romance "Enquanto agonizo"), foi igualmente desprezada –, o filme peca pela insistência em tratar o cinema como literatura. Divida em um prólogo e três capítulos, batizados com o nome de três dos quatro irmãos protagonistas, “The sound and the fury”, de origem no clássico "O som e a fúria", descreve o declínio de uma rica família sulista americana, entre o final do século XIX e as primeiras décadas do XX.
O primeiro capítulo é contado a partir da perspectiva de Benjy, em sua limitada capacidade de entender o processo de marginalização ao qual é submetido, ao ponto da castração. O protagonista do segundo é Quentin (Jacob Loeb), jovem intelectual de alma frágil que comete suicídio durante sua permanência na Universidade de Harvard. O amargurado Jason (Scott Haze) domina a terceira porção do filme, e persegue a sobrinha (Joey King), fruto de uma relação proibida da irmã, Caddy (Ahna O’Reilly).O roteiro, de Matt Rager, sucumbe à complexidade do romance de Faukner, indo e vindo no tempo entre as memórias de infância dos personagens, e os anos 1920, durante o aniversário de 33 anos do mais jovem deles, Benjy (o próprio Franco), que sofre problemas mentais, e por isso encarado como uma vergonha para os pais. Na tentativa de reforçar a aproximação da narrativa do livro, escrito como um fluxo de consciência, ideias e sentimentos básicos são repetidos em imagens e trechos de diálogos.
A “Variety”, bíblia do mercado americano, diz que o filme de Franco “fracassa na tentativa de captura a estranheza, o encantamento e o ambiente enlouquecedor da obra-prima elíptica do grande escritor”. Já a revista “Hollywood Reporter” admite que “The sound and the fury” é menos radical e impressionante que “As I lay dying”, mas como este último enfrentou dificuldades para encontrar uma plateia até do vídeo on demand, prevê que o novo filme “claramente enfrentará uma batalha maior na bilheteria.
O hiperativo Franco, no entanto, continua alheio a opinião da imprensa ou de uma plateia para seus filmes. Atualmente, o ator divide-se entre cinco projetos como diretor, em diferentes fases de produção. Um deles é “Bukowski”, cinebiografia de outro escritor admirado pelo ator, Charles Bukowski. Ou seja, muitas outras ações extravagantes por parte do excêntrico ator de 36 anos ainda estão por vir.
De nada adiantou James Franco raspar a cabeça para um novo projeto e postar o processo da tosa na internet, ou aparecer na coletiva de imprensa de um prêmio com a careca tatuada para o personagem, como fez na tarde desta sexta-feira (4). Não há truque que consiga desviar a atenção do apedrejamento que “The sound and the fury”, o mais recente exercício do ator na direção, exibido fora da competição no 71º Festival de Veneza, recebeu da imprensa.
Segunda incursão do ambicioso multi-artista na obra do escritor americano William Faukner – a primeira, “As I lay dying” (2013, baseado no romance "Enquanto agonizo"), foi igualmente desprezada –, o filme peca pela insistência em tratar o cinema como literatura. Divida em um prólogo e três capítulos, batizados com o nome de três dos quatro irmãos protagonistas, “The sound and the fury”, de origem no clássico "O som e a fúria", descreve o declínio de uma rica família sulista americana, entre o final do século XIX e as primeiras décadas do XX.
O primeiro capítulo é contado a partir da perspectiva de Benjy, em sua limitada capacidade de entender o processo de marginalização ao qual é submetido, ao ponto da castração. O protagonista do segundo é Quentin (Jacob Loeb), jovem intelectual de alma frágil que comete suicídio durante sua permanência na Universidade de Harvard. O amargurado Jason (Scott Haze) domina a terceira porção do filme, e persegue a sobrinha (Joey King), fruto de uma relação proibida da irmã, Caddy (Ahna O’Reilly).O roteiro, de Matt Rager, sucumbe à complexidade do romance de Faukner, indo e vindo no tempo entre as memórias de infância dos personagens, e os anos 1920, durante o aniversário de 33 anos do mais jovem deles, Benjy (o próprio Franco), que sofre problemas mentais, e por isso encarado como uma vergonha para os pais. Na tentativa de reforçar a aproximação da narrativa do livro, escrito como um fluxo de consciência, ideias e sentimentos básicos são repetidos em imagens e trechos de diálogos.
A “Variety”, bíblia do mercado americano, diz que o filme de Franco “fracassa na tentativa de captura a estranheza, o encantamento e o ambiente enlouquecedor da obra-prima elíptica do grande escritor”. Já a revista “Hollywood Reporter” admite que “The sound and the fury” é menos radical e impressionante que “As I lay dying”, mas como este último enfrentou dificuldades para encontrar uma plateia até do vídeo on demand, prevê que o novo filme “claramente enfrentará uma batalha maior na bilheteria.
O hiperativo Franco, no entanto, continua alheio a opinião da imprensa ou de uma plateia para seus filmes. Atualmente, o ator divide-se entre cinco projetos como diretor, em diferentes fases de produção. Um deles é “Bukowski”, cinebiografia de outro escritor admirado pelo ator, Charles Bukowski. Ou seja, muitas outras ações extravagantes por parte do excêntrico ator de 36 anos ainda estão por vir.
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