Thriller tenso, The Rover destaca desabrochar de Robert Pattinson
“The Rover – A Caçada”, segundo longa do australiano David Michôd, que surpreendeu bastante público e crítica há quatro anos com o chocante “Reino Animal” (2010), é ambientado em um futuro alternativo, dez anos depois de um colapso econômico que teria arrasado o mundo ocidental e transformado a Austrália em uma espécie versão pós-apocalíptica do velho Oeste.
Nesta trama, Guy Pearce (“Homem de Ferro 3″) assume o papel do estranho sem nome, de poucas palavras e no limite da paciência. O personagem começa uma perseguição insensata quando tem seu carro roubado e acaba sendo obrigado a levar consigo o irmão abobalhado (Robert Pattinson) de um dos assaltantes que havia sido deixado para trás. Mas por que em tais circunstâncias um carro importaria tanto?
Nesta trama, Guy Pearce (“Homem de Ferro 3″) assume o papel do estranho sem nome, de poucas palavras e no limite da paciência. O personagem começa uma perseguição insensata quando tem seu carro roubado e acaba sendo obrigado a levar consigo o irmão abobalhado (Robert Pattinson) de um dos assaltantes que havia sido deixado para trás. Mas por que em tais circunstâncias um carro importaria tanto?
O filme é corajoso ao não explicar de cara o que move o personagem nesta caçada insana, mesmo correndo o risco do espectador se desinteressar pela trama. As motivações do personagem existem e são válidas, porém só serão totalmente compreendidas ao término da projeção. Por outro lado, incomoda um pouco a preocupação excessiva do diretor e roteirista David Michôd em ser cult. Deixar transparecer tal preocupação acaba sendo o ponto frágil de um filme que, de resto, é bem interessante.
A ambientação e caracterização perfeitas, somadas ao brilho dos dois atores centrais, já seriam suficientes para sustentar a trama, ou seja, o resultado final poderia ter sido muito mais cult se Michôd não forçasse tanto a barra com incontáveis diálogos que tentam ser profundos a todo custo. O que não quer dizer que não seja um bom road movie, repleto de cenas simplesmente memoráveis e embelezado pela fotografia sépia das locações áridas e paisagens poeirentas. Também é interessante notar alguns ecos de “Reino Animal”, como a idosa exploradora e o tema da inocência esmagada por um ambiente hostil.
A ambientação e caracterização perfeitas, somadas ao brilho dos dois atores centrais, já seriam suficientes para sustentar a trama, ou seja, o resultado final poderia ter sido muito mais cult se Michôd não forçasse tanto a barra com incontáveis diálogos que tentam ser profundos a todo custo. O que não quer dizer que não seja um bom road movie, repleto de cenas simplesmente memoráveis e embelezado pela fotografia sépia das locações áridas e paisagens poeirentas. Também é interessante notar alguns ecos de “Reino Animal”, como a idosa exploradora e o tema da inocência esmagada por um ambiente hostil.
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