Um passeio delicioso e instrutivo sobre um tempo que ajudou a definir com violência e paixão o mundo de hoje
Há 50 anos, em 1964, o mundo fervia.
O Brasil começava a viver sob uma ditadura militar desde que, em 31 de março, o Exército tomara o poder, sufocando a democracia e restringindo diversos direitos individuais. Tudo mudava. No exterior, a Guerra do Vietnã, a tensão entre as potências que detinham a bomba atômica e a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos mostravam um mundo em convulsão. E não só na política. Antigos valores ruíam, anunciando um mundo novo — para o bem e para o mal. De Nara Leão a Bob Dylan, de Chico Buarque aos Beatles e Rolling Stones, passando por Glauber Rocha, os filmes de 007, o monoquíni, o frescobol em Ipanema — tudo na cultura e na sociedade daquele ano parecia estar em plena efervescência.
Este é o universo que Ana Maria Bahiana recupera — com inteligência e texto pop, rigor no tratamento dos fatos e atenção àquelas deliciosas miudezas que ajudam a retratar uma época — no Almanaque 1964.
Lançando mão da linguagem mais descontraída do almanaque, com muitas fotos, texto leve e altamente informativo, o volume é um passeio delicioso e instrutivo por um tempo que ajudou a definir, com violência, paixão, som e fúria, o mundo de hoje.
ANA MARIA BAHIANA nasceu no Rio de Janeiro e vive em Los Angeles. Jornalista
cultural, escreveu sobre cinema e música em publicações como Rolling Stone, Bizz, Jornal
do Brasil e Folha de S.Paulo, entre outras, e foi correspondente, na Califórnia, das redes
Globo e Telecine. É autora de Como ver um filme e Almanaque dos anos 70, entre outros livros.
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