quarta-feira, 6 de novembro de 2013


 Movido pela dor da perda, um homem decide passar um tempo em Macau, lugar repleto de possibilidades para pessoas que queiram aprender uma nova cultura ou simplesmente se embriagar e perder dinheiro nos cassinos da cidade. Entre infindáveis doses de uísque e alguma luxúria momentânea, ele acaba se envolvendo com as consequências de um assassinato com o qual não tem nenhuma ligação. Devido a uma incrível coincidência, estará às voltas com um mundo oculto pelas luzes da cidade sem sombras, lidando com os chefões do jogo e de todo tipo de negócio ilegal da região, e terá de cumprir uma tarefa aparentemente simples para que possa tentar reaver a vida que o permitia ser apenas mais um na multidão. Munido de sua capacidade ímpar de esmiuçar as cores e formas do mundo ao seu redor e utilizando descrições quase fotográfi cas, J.R. Duran deixa transparecer a beleza luminescente de um lugar que pretende ser mais rápido do que o próprio tempo e, com sua narrativa aguda, indica a frieza das sombras onde os homens se escondem de si mesmos, em uma história repleta de surpresas, em que nada nem ninguém é o que parece ser.

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