Superman – Earth One Vol. 2 revela um Azulão menos Escoteiro e mais humano
Existem os grandes clássicos. Aquelas histórias em quadrinhos que, de alguma forma, são passadas de uma geração para a outra e inspiram novos quadrininistas. No caso do Superman, dá pra citar, por exemplo, O Homem que Tinha Tudo ou O Que Aconteceu ao Homem do Amanhã, duas obras-primas assinadas por Alan Moore. Mas um personagem marcante não é só feito por esses clássicos. Há mais. Há aquelas histórias ~ordinárias, ~comuns, que talvez não passem de geração para geração, mas nem por isso são piores. São as melhores entre o resto. Dá pra dizer que Superman – Earth One Vol. 2 é uma dessas. A graphic novel foi lançada em outubro do ano passado nos EUA e permanece inédita no Brasil.
Vida de jornalista:
Apesar do bom enredo principal, com bastante ação e sequências de luta boas, são realmente as diversas B-stories que fazem deste segundo volume de Superman – Earth One uma boa graphic novel. Ou seja, são aqueles trechos criados para evoluir os personagens, e não exatamente a trama central. Nessas B-Stories o roteirista consegue sustentar uma ótima versão da Lois Lane, além contar uma incrível passagem do Clark Kent, na qual descobrimos que ele já teve um gato…
Existem os grandes clássicos. Aquelas histórias em quadrinhos que, de alguma forma, são passadas de uma geração para a outra e inspiram novos quadrininistas. No caso do Superman, dá pra citar, por exemplo, O Homem que Tinha Tudo ou O Que Aconteceu ao Homem do Amanhã, duas obras-primas assinadas por Alan Moore. Mas um personagem marcante não é só feito por esses clássicos. Há mais. Há aquelas histórias ~ordinárias, ~comuns, que talvez não passem de geração para geração, mas nem por isso são piores. São as melhores entre o resto. Dá pra dizer que Superman – Earth One Vol. 2 é uma dessas. A graphic novel foi lançada em outubro do ano passado nos EUA e permanece inédita no Brasil.
Vida de jornalista:
Este segundo volume começa logo após o final do primeiro. Superman derrotou o vilão Tyrell e ~assumiu a identidade do pacato repórter de óculos Clark Kent, escrevendo ele mesmo a primeira matéria sobre o herói para o jornal. Isso desperta a ira e a curiosidade de Lois Lane, que passa a investigar a vida do novo colega de trabalho.
A história segue com o caminho de Clark, que encontra um apartamento para viver. O roteiro aprofunda o relacionamento do jornalista com o editor-chefe, Perry White e com os novos vizinhos, demonstrando duas grandes qualidades de Straczynski, que começou a carreira como jornalista e é ótimo ao retratar os relacionamentos humanos.
O Perry de Straczynski, aliás, dá uma lição de jornalismo. Em certo momento, ao falar que as grandes manchetes estão enquadradas porque são passado estático, sem valer nada para o presente e o futuro, ele diz para Clark que o trabalho dele é “achar o que as pessoas estão fazendo que ninguém mais sabe. Aquelas querem que o resto de nós não saiba. Então volte para cá. Não demonstre medo e prove isso”.
Sim, esse Clark mais jovem é inseguro e inexperiente. Isso é bom e não se reflete apenas ao modo dele trabalhar — vemos o jornalista se relacionando com uma vizinha gostosa como qualquer um de nós. A diferença é que, além de não entender exatamente as mulheres, o cara tem um medo a mais: destruir a companheira com o desejo (e a força) kriptoniano — um detalhe novo e interessante adicionado ao herói.
Basicamente, a graphic novel redime as falhas da primeira e estabelece características do herói que ficaram faltando na HQ anterior, apesar de ainda manter o ar ~novato para o Supinho (o que é bom).
Há, claro, o vilão principal. Nessa HQ quem ocupa o posto é o Parasita, antigo antagonista do Superman que reaparece com um visual interessante e um background novo. Agora ele é um grande ladrão que acaba indo parar onde não deveria e, no processo, ganha uma fome incontrolável por poder.
Dessa vez, Straczynski não cai no vilão-clichê e define bem a personalidade e o passado do Parasita. Ok, há alguns clichês nisso também, mas a história funciona bem.A história segue com o caminho de Clark, que encontra um apartamento para viver. O roteiro aprofunda o relacionamento do jornalista com o editor-chefe, Perry White e com os novos vizinhos, demonstrando duas grandes qualidades de Straczynski, que começou a carreira como jornalista e é ótimo ao retratar os relacionamentos humanos.
O Perry de Straczynski, aliás, dá uma lição de jornalismo. Em certo momento, ao falar que as grandes manchetes estão enquadradas porque são passado estático, sem valer nada para o presente e o futuro, ele diz para Clark que o trabalho dele é “achar o que as pessoas estão fazendo que ninguém mais sabe. Aquelas querem que o resto de nós não saiba. Então volte para cá. Não demonstre medo e prove isso”.
Sim, esse Clark mais jovem é inseguro e inexperiente. Isso é bom e não se reflete apenas ao modo dele trabalhar — vemos o jornalista se relacionando com uma vizinha gostosa como qualquer um de nós. A diferença é que, além de não entender exatamente as mulheres, o cara tem um medo a mais: destruir a companheira com o desejo (e a força) kriptoniano — um detalhe novo e interessante adicionado ao herói.
Basicamente, a graphic novel redime as falhas da primeira e estabelece características do herói que ficaram faltando na HQ anterior, apesar de ainda manter o ar ~novato para o Supinho (o que é bom).
Há, claro, o vilão principal. Nessa HQ quem ocupa o posto é o Parasita, antigo antagonista do Superman que reaparece com um visual interessante e um background novo. Agora ele é um grande ladrão que acaba indo parar onde não deveria e, no processo, ganha uma fome incontrolável por poder.
Apesar do bom enredo principal, com bastante ação e sequências de luta boas, são realmente as diversas B-stories que fazem deste segundo volume de Superman – Earth One uma boa graphic novel. Ou seja, são aqueles trechos criados para evoluir os personagens, e não exatamente a trama central. Nessas B-Stories o roteirista consegue sustentar uma ótima versão da Lois Lane, além contar uma incrível passagem do Clark Kent, na qual descobrimos que ele já teve um gato…
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