"Cobra" em quadrinhos
Sem que Sylvester Stallone, George Pan Cosmatos ou qualquer dos envolvidos na produção soubesse, a popularidade de "Stallone Cobra"deu origem a pelo menos duas adaptações não-oficiais em quadrinhos nos anos 1980. Uma delas saiu na Hungria; a outra - adivinhem? - no Brasil. Rebatizada "Agente Cobra - Liberado para Matar" para o plágio não ficar tão descarado, a versão brasileira foi publicada em 1987 pela Press Editorial, uma pequena editora paulistana, e saiu em número único sem maior repercussão.
Enquanto a trama do gibi húngaro seguia fielmente o roteiro do filme de Stallone, a adaptação brasileira preferiu contar uma história original, embora fosse possível perceber que o argumento era mais ou menos o mesmo (o policial violento Cobra, ou "Agente Cobra", precisa salvar uma testemunha de perigosos perseguidores). Inventaram até um arquiinimigo tosco para o herói, um brutamontes chamado "Cara de Ferro", que usa máscara metálica e coletes que o tornam quase indestrutível.
Já o "Agente Cobra" em questão é o personagem de Stallone cuspido e escarrado, com direito aos óculos escuros e fósforo no canto da boca, apesar de uma inexplicável estrela branca desenhada na camiseta, como se fosse um uniforme de super-herói!
A revista tem 36 páginas, mas apenas 28 com a HQ, que você pode ler abaixo (clique nas imagens para ampliá-las). Com distribuição limitada, ela teria desaparecido para sempre no limbo se não fosse pela internet e pelo fato de um artista conhecido ter se encarregado da presepada, o pernambucano Watson Portela, que assina com o pseudônimo "Barroso".
Além da estupidez da história no geral (e nem dava para fazer muita coisa em 28 páginas que são pura ação), o que mais chama a atenção em "Agente Cobra" é a nudez, com direito a desenhos bastante gráficos e detalhados da anatomia feminina (repare no corpo da vítima de estupro das primeiras páginas), e até uma rápida cena de sexo entre lésbicas encaixada de qualquer jeito na narrativa! Pois este era um subterfúgio que os quadrinhos independentes brasileiros dos anos 1980 precisavam adotar para vender. Lembro de uma HQ de ninjas em que os vilões trepavam enquanto conversavam com seus comparsas!
Infelizmente, o Agente Cobra de Portela (ou "Barroso") não usa a frase "Você é um cocô!" em nenhum momento...
Sem que Sylvester Stallone, George Pan Cosmatos ou qualquer dos envolvidos na produção soubesse, a popularidade de "Stallone Cobra"deu origem a pelo menos duas adaptações não-oficiais em quadrinhos nos anos 1980. Uma delas saiu na Hungria; a outra - adivinhem? - no Brasil. Rebatizada "Agente Cobra - Liberado para Matar" para o plágio não ficar tão descarado, a versão brasileira foi publicada em 1987 pela Press Editorial, uma pequena editora paulistana, e saiu em número único sem maior repercussão.
Enquanto a trama do gibi húngaro seguia fielmente o roteiro do filme de Stallone, a adaptação brasileira preferiu contar uma história original, embora fosse possível perceber que o argumento era mais ou menos o mesmo (o policial violento Cobra, ou "Agente Cobra", precisa salvar uma testemunha de perigosos perseguidores). Inventaram até um arquiinimigo tosco para o herói, um brutamontes chamado "Cara de Ferro", que usa máscara metálica e coletes que o tornam quase indestrutível.
Já o "Agente Cobra" em questão é o personagem de Stallone cuspido e escarrado, com direito aos óculos escuros e fósforo no canto da boca, apesar de uma inexplicável estrela branca desenhada na camiseta, como se fosse um uniforme de super-herói!
A revista tem 36 páginas, mas apenas 28 com a HQ, que você pode ler abaixo (clique nas imagens para ampliá-las). Com distribuição limitada, ela teria desaparecido para sempre no limbo se não fosse pela internet e pelo fato de um artista conhecido ter se encarregado da presepada, o pernambucano Watson Portela, que assina com o pseudônimo "Barroso".
Além da estupidez da história no geral (e nem dava para fazer muita coisa em 28 páginas que são pura ação), o que mais chama a atenção em "Agente Cobra" é a nudez, com direito a desenhos bastante gráficos e detalhados da anatomia feminina (repare no corpo da vítima de estupro das primeiras páginas), e até uma rápida cena de sexo entre lésbicas encaixada de qualquer jeito na narrativa! Pois este era um subterfúgio que os quadrinhos independentes brasileiros dos anos 1980 precisavam adotar para vender. Lembro de uma HQ de ninjas em que os vilões trepavam enquanto conversavam com seus comparsas!
Infelizmente, o Agente Cobra de Portela (ou "Barroso") não usa a frase "Você é um cocô!" em nenhum momento...
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