segunda-feira, 19 de agosto de 2013

“Isso vai contra tudo o que eu sou, Sarai.” Ele diz e, em seguida, beija-me. “Não, não vai.” Eu sussurro e beijo de volta. “É você tornando-se quem você realmente é.

E eu a vejo como eu nunca vi antes. Ela é minha dona neste momento.
 Sarai tinha só quatorze anos quando sua mãe a levou para viver no México em um quartel de drogas. O tempo fez com que ela mudasse, endurecesse e ela tornou-se uma garota que jamais conseguirá ser normal novamente. Quando um americano aparece no complexo que vive, ela vê nele sua chance de escapar, entretanto nada acontece como o esperado e ela acaba virando vítima em seu próprio jogo.
Victor é um assassino frio, treinado para matar desde pequeno, e quando uma garota aparece de supetão em seu carro e o ameaça, ele não sabe se a mata lentamente ou em segundos. Logo Sarai percebe que saiu das mãos de um homem perigoso para cair nas garras de outro. Mas, enquanto fogem, uma ligação começa a se formar entre eles e Victor está disposto a tudo para mantê-la com vida e mostrar que a vida na Ordem não é algo para ser almejada. Nesse jogo de gato e rato, descobrir e entender quem é mais perigoso, as pessoas ou os sentimentos, pode significar a vida ou morte.
Nove anos se passaram desde que Sarai teve uma vida relativamente normal, mas atualmente o que ela mais compreende é o que se sente ao ser abusada fisicamente e psicologicamente durante anos. O resultado foi uma garota corajosa, mas fria. Em contrapartida temos Victor, um assassino com uma personalidade bem parecida com Sarai, e ele só entende a morte e a violência. Um é o encaixe perfeito do outro, e o livro ser narrado por ambos ajudou muito pois eles pouco revelam sobre seus sentimentos. Eles são bonitos e danificados, mas mudam quando estão juntos.

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