quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Chamo-me Nojoud. Tenho dez anos. Os meus pais obrigaram-me a casar com um homem com o triplo da minha idade. 
 Desde que me lembro, aprendi a dizer “sim” a tudo. Hoje, decidi dizer “não”.

A infância de Nojoud teve um final abrupto quando o pai lhe arranjou um casamento com um homem muito mais velho, que ignorou o compromisso de esperar que a menina alcançasse a puberdade para ter relações sexuais. O marido roubou-lhe a virgindade na noite de núpcias. Ela tinha apenas dez anos. A sua tenra idade não a impediu de fugir – não para casa, mas para o tribunal. Surpreendentemente, o juiz deu-lhe razão. Algo inédito num país onde mais de metade das raparigas casa antes dos dezoito anos. A sua coragem foi aplaudida pela imprensa internacional e comoveu o mundo inteiro. Nojoud conta agora a sua história. Para quebrar o silêncio e encorajar as outras meninas a lutar pelos seus direitos mais fundamentais.
Esta vitória legal sem precedentes conduziu a mudanças no Iémen e em outros países do Médio Oriente, onde as leis dos casamentos de menores estão a ser alteradas.
Nojoud  foi recentemente distinguida ao lado de Hillary Clinton e Condoleezza Rice como uma das Mulheres do Ano.

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